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Bolas de Berlim... sem creme

Um blogue que não é de culinária (apesar de ter algumas receitas)

Bolas de Berlim... sem creme

Um blogue que não é de culinária (apesar de ter algumas receitas)

Reflexões bissextas

Passei metade do dia a pensar que já estávamos em Março e quando me apercebi de que estávamos ainda a 29 de Fevereiro, pensei que podia marcar este dia com qualquer acontecimento que pudesse só ser comemorado daqui a 4 anos. Mas, além de não me conseguir lembrar de nada de dignificante, provavelmente ir-me-ia esquecer de o comemorar em 2016.... E estaria a ser extremamente injusta para com os pobres coitados que nascem neste dia. Sempre achei que passam a vida a fazer anos de mentirinha de 3 em 3 anos.
Vou mas é continuar a trabalhar.

...


Em breve abrir-se-ão janelas sobre a visita às Aldeias de Xisto... quando eu perceber como se tira a moldura parva à volta da foto.

Fim-de-semana romântico a três: eu, ele e o Ilvico*


Não vem muito a calhar, mas o voucher expira exactamente este fim-de-semana. Resolvemos marcar um fim-de-semana num hotel que se autodenomina "da montanha" apesar de não ficar bem numa região montanhosa...
Na altura que o marcámos não adivinhámos que íamos estar os dois com uma valente gripe. Ou constipação. Nunca sei a diferença. Mas vamos, mesmo assim. Dizem que os ares da montanha fazem bem. Vamos ver se venho de lá como nova ou se vou direitinha para as urgências.

Ele diz que vai ser um fim-de-semana romântico e até fez um upgrade do quarto para a suite com vista para a montanha (?) e com banheira de hidromassagem. Espero que também nos entreguem uma garrafa de Moët & Chandon no quarto, menos que isso é foleiro.

Mas eu não nos estou a ver lá com muita vontade de namorar de lenços em riste e darizes dapados. Hoje estou a ser atacada por tudo o que é espirro, arrepios de frio e sensação esquisita nos brônquios. Ele, depois de ter estado mesmo às portas da morte e de ter passado a fase do "ai que estou tão mal", olha para mim com ar desconfiado e diz que eu estou a fingir e que não sei o que são os brônquios.
Pode ser que perceba que estou mesmo mal quando entrar na banheira de hidromassagem de termômetro na boca e me arrastar pela montanha atrás dele, com a boca seca e os olhos a sair das órbitas empurrados pelo ranho todo que entretanto se acumulou na zona da cabeça.** Agora a fingir....

Pelo sim pelo não, já carregámos o portátil com muitos episódios do Fringe para o caso de não termos forças para a valente caminhada que vamos fazer amanhã. Sim, na montanha. Diz que faz parte do treino para isto. Não sei onde estava com a cabeça quando lhe disse que sim...

*que sempre achei um grande embuste farmacêutico, mas que já estou a tomar para ver se o fim-de-semana até corre bem.
** ok, isto já são influências do Fringe...

M&M's com couves


Uma das vantagens/desvantagens (riscar o que não interessa) de trabalhar em casa e de ter o homem a trabalhar perto de casa é poder ir almoçar com ele de vez em quando. De vez em quando, mas com menos frequência, ele também vem a casa almoçar comigo. Quando isso acontece, geralmente é para me fazer o almoço, coisa que muito agradeço em dias como o de hoje em que estou atolada em trabalho (mas ainda assim arranjo 2 minutos para vir falar do meu almoço...ai se o chefe sabe...).

Mas isto tem de ser falado, chefe. É que o almoço de hoje foram couves. Não, isto não é um ditado para dizer que não houve almoço, que foi um fracasso, ou qualquer coisa do género, não. O almoço de hoje foram couves, as in estou a constatar um facto. Ou melhor, couves, não, acelgas, que ainda firo susceptibilidades. Acelgas, muitas acelgas, salteadas em alho e azeite.

Quando olho para o prato cheio (de acelgas) e lhe pergunto, desalentada, "É só isto?", ainda me pergunta se não quero polvilhar a coisa com a granola meio estorricada (mas que ele acha que é a melhor granola que já comeu) que tinha feito na noite passada.
Pensei que estava a gozar. Não estava, a contar pelo prato dele. Ah, e ainda foi tirar fotografias à obra de arte!

Gosto muito de ti, mas assim que saíste ataquei o saco dos M&M's. Prometo deixar alguns para ti.

Do "blogue do ano"

Não sei como é que dão o título de Blog of the Year a um blogue cujos posts não passam de textos encomendados sobre os mais variados produtos, desde carros a cosméticos, onde se fazem passatempos constantes patrocinados pelas mesmas marcas, e onde se publicam frequentemente imagens da roupa (foleira, diga-se de passagem) adquirida e a-adquirir pela moça em lojas que não se coíbe de anunciar. Não há paciência, mas isto sou eu...
Já o blogue do marido dela é outra história.

Falo da Pipoca e do Arrumadinho. Não coloco links para não criar (já) inimizades na blogosfera, que ainda agora cheguei. Os links estão ali ao lado, mas o da moça, a continuar assim, não há-de aquecer o banco.

Lana for babies


Quando vamos no carro com a nossa filha de 13 meses, costumamos pôr música infantil. Ela gosta, mexe os bracinhos e fica sempre muito caladinha, o que geralmente é motivo suficiente para aturarmos o CD da Leopoldina do princípio ao fim.
Quando eu vou no carro sozinha com ela nunca ponho música infantil. Ou leva com a Radar ou com um qualquer CD que por lá esteja caído. Ultimamente tem calhado a Lana del Rey, a minha mais recente obsessão.

O resultado é surpreendente. A pirralha fica caladinha, mesmo naquela cadeirinha super-ultra-desconfortável (a cadeira do carro com música infantil é bem mais fofinha e reclinável), e olha pela janela, pensativa... ou lá o que seja. Nas pausas entre as faixas reclama e juro que já a vi mexer os bracinhos ao som da "Radio".

Oh, Lana, cada vez gosto mais de ti.

Manifesto


Noite a dois.
Coisa rara nos dias que correm, há que aproveitar a ocasião como reis.
Mesmo assim, não dispensámos o discount book e escolhemos um dos melhores restaurantes da cidade.
O Manifesto do chef Luís Baena.
O chef, Baena, jantava com as netas no centro da sala quando nós entrámos, os early birds do Largo de Santos (está visto que em Lisboa ninguém janta às 20h!).

Couvert, entrada, pratos e sobremesas depois, o resultado foi mais do que positivo. Para mim, cujas sensações gustativas não são tão exigentes como as do pai da minha filha, foi excelente.
Os empregados condiziam com a decoração da sala e a conta com a fama. Não se pode ir ao restaurante de um chef que aparece no Master Chef de bolsos vazios nem esquisitices na língua.
Agora aquela gema de ovo trufada que ainda me saltita na língua, mas não pelas melhores razões, é que era escusada. Nunca tentativa rude de descrever a coisa, soube-me a... hálito de velho. É isso. Hálito de velho. Vontade de cuspir tudo de uma vez, não fosse a elegância do espaço proibir tais desvarios. Engoli um grande copo de água de uma vez, enfiei um naco de pão goela abaixo e pensei que o caso estaria arrumado. Enganei-me. Tenho neste momento a boca a saber a velho acamado. E garanto-vos que a sensação não é das melhores. Posto o que estou a pensar voltar lá hoje à noite e exigir que me retirem este sabor da boca. Ou que me dêem mais um niquito daquele bolo de chocolate negro maravilhoosooo que veio no fim, só para disfaçar o sabor... É que com aquele vinho da casa de 18 Euros enganaram-me bem!

Procrastinar

Uma cozinha que inexplicavelmente não se arruma a si própria, um cesto da roupa suja que já me chama nomes, um projecto para entregar num prazo impossível, mas decidi vir criar (outro) blogue.

Procrastinar é uma palavra que acentua a minha dislexia.