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Bolas de Berlim... sem creme

Um blogue que não é de culinária (apesar de ter algumas receitas)

Bolas de Berlim... sem creme

Um blogue que não é de culinária (apesar de ter algumas receitas)

Lista actualizada da PETA

Saiu a nova lista actualizada da PETA com todas (pelo menos as comercializadas nos EUA) as marcas de  cosméticos não testados em animais.

http://www.mediapeta.com/peta/PDF/companiesdonttest.pdf

Algumas desilusões pelo caminho, pois uso algumas marcas, como a Nivea e a Klorane, entre outros produtos dos laboratórios Beiersdorf e Pierre Fabre, que constavam da última lista e deixaram de constar nesta. No entanto, no site da Beiersdorf, eles afirmam ter deixado de testar animais há 20 anos, mas depois com a última frase ficamos na dúvida. É caso para mandar mailinho à PETA. Eles respondem e eu fico mais descansada. Ou tenho de procurar outra alternativa que me fique em conta...

MUSIC BOX #1: Por falar em música


The Truth, Handsome Boy Modeling School feat. Roisin Murphy

Há aquelas músicas que ouvimos na rádio, e que adoramos imediatamente, enquanto conduzíamos e ainda não tínhamos um telemóvel apetrechado com o Shazam ou o Soundhound e o raio do locutor acaba por nunca dizer quem canta, mas nós desconfiamos, porque somos mesmo bons a reconhecer vozes, e chegamos a casa, ligamos o computador e procuramos, procuramos, procuramos e nada. E três anos depois, a música volta a passar na rádio e o raio do locutor acaba por não dizer quem canta, mas agora já temos um telemóvel com o Soundhound e descobrimos que afinal somos mesmo bons a reconhecer vozes e agora, sim, já podemos ouvir a música vezes sem conta, porque já cá canta!

Devia-me ter ficado pelo Cycling

As aulas de localizada deviam conter um aviso à entrada, como acontece no cinema, quando há um filme  susceptível de causar ataques epilépticos. Além disso, os alunos de primeira vez deveriam receber tratamento VIP com massagem e desfibrilhador. No mínimo.
É que isto assim a frio parece que me passou um camião TIR por cima. Ou um porta-aviões, mas não me quero armar em mariquinhas.

Mãos de fada

Sempre me considerei totalmente desprovida de talento para as artes manuais, completamente inapta e incompetente para os lavores, bricolage, desenho, pintura e afins. As tentativas da minha mãe de me introduzir ao mundo das fadas do lar foram pelo cano quando eu, nos verões dos anos 80, queria fazer tudo menos passar as tardes no meio de velhas e queques (como eu chamava às meninas bordadeiras) a fazer ponto cruz. As poucas coisas que fiz, incluíndo a blusa que, já adulta, cosi no curso de iniciação à costura, roçam aquilo que se pode designar de trapalhão. Não roçam, superam. Remates mal feitos, chuleios esquisitos e costuras tortas, eu sou o que se pode chamar A Rainha das Trapalhonas! Isso a juntar ao facto de ter um ataque de nervos de cada vez que começava um projecto novo porque as instruções e os moldes só podiam estar em chinês, quase me levou a desistir da brincadeira e a procurar um hobby menos cansativo, como... ver televisão.
Até há dois dias.
De repente, comecei a fazer coisas giras, um lencinho para o pescoço, um cinto, uma saia para uma boneca, um porta-chaves. Tudo do mais básico que há, mas ficou bem feito o que, passo a aliteração, foi um feito!
Tinha de aproveitar a maré e, graças a uma noite em que os planos me saíram trocados e me vi sozinha em casa sem marido nem filha com a noite toda por minha conta, decidi pôr mãos à obra e fazer este vestido que já andava a namorar há alguns meses.
Mais ou menos duas horas depois (a contar com o desespero de fazer a conversão das medidas e executar os moldes), o produto final deixou-me em estado de histeria pura. Não conseguia acreditar que aquilo me tinha saído das mãos e que eu, A Trapalhona, tinha conseguido fazer costuras francesas na perfeição e nem uma, repito, nem uma costura torta!


Foi o que bastou para me ir deitar com este livro e escolher o próximo modelo! Ou se calhar é melhor fazer outro igual. É que este, não se nota, mas saiu assim um bocado curto, um vestido a dar para o mini-vestido a dar para a túnica a dar para a blusa. Enfim, para a próxima há-de sair perfeito!


(E com tecidos destes se não dá vontade de fazer qualquer coisa? Mas mesmo qualquer coisa?)

Ser mãe suficiente

Sou mãe há quase 17 meses. Sublinho o "quase", porque foi neste quase que a minha filha alcançou mais um estágio de independência: passou do já querer comer sozinha para o já comer sozinha, ponto. E eu, feliz da vida, que já posso finalmente espetar-lhe o prato à frente e ir à minha vida enquanto ela se entretém a levar a colher à boca e a acertar quase sempre. Quando já está satisfeita, arruma a colher no prato, pega nele, levanta-o e diz: "Já está!" muito pronta e arrebitada, mas em jeito ameaçador como quem diz: se não apanhas já o prato, atiro-o para o chão.
Está uma crescida e sai à mãe no mau feitio. Mas uma criança com 17 meses não tem mau feitio. É como dizerem que um recém-nascido com 10 dias já tem manha do colo. Oh senhores, dêem-lhe colo e mimo e deixem-se vocês, sim, de manhas para não mexerem o cu do sofá.
Mas não é por isso que aqui vim hoje.
É por causa desta foto:

Calculo que a maior parte das poucas pessoas que lêem este blogue se hão-de chocar com esta imagem. Outras, as mães que, como eu, deram de mamar até aos 7 meses, hão-de sentir-se ultrajadas não com a foto mas com o título: "Are you mom enough"? Como se só fôssemos mães suficientemente boas se dermos de mamar até o puto entrar na escola.

Eu entro nas duas categorias: sinto-me chocada e ultrajada. A verdade é que esta neocorrente do vamos dar de mamar até não podermos mais me faz impressão. O pai da minha filha não gosta muito que eu diga que acho esquisito que um bebé com dentes ainda mame e tanto mais obsceno e inquietante quanto mais velha for a criança. Diz que é uma decisão individual e que não me cabe a mim criticar, que o obsceno está na minha cabeça e que um bebé não tem qualquer instinto sexual (isto já não foi ele que disse, acho que li em qualquer lado). E ele tem razão, mas a contar pelo número de artigos de mães enervadas por esta capa da TIME, não é um tema lá muito consensual. A verdade é que nós, as mães, temos a mania de nos arrepelarmos sempre que ouvimos uma opinião diferente. Achamos que temos o direito de julgar a forma como outras mães pensam e educam os seus filhos. E achamos, como eu, que nos devemos sentir ofendidas e ocupar o lugar de mártires injustiçadas se alguém ousar insinuar que podemos não estar a cumprir o nosso papel em pleno. Serve-me a carapuça na perfeição. Sou pró em sentir-me mártir injustiçada.

Mas o que me causa realmente urticária é isto de associarem o ser boa mãe com o "attachment parenting". Acaso as outras mães são menos attached? São mais egoístas e desapegadas só porque preferem fazer o desmame mais cedo? Como se eu, por ter dado de mamar até aos 7 meses, me devesse sentir mal. Como se tudo o resto não bastasse. E as vezes que acordo a meio da noite para a confortar? E o tempo que passo a cantar-lhe canções para adormecer? E as vezes que tive de a acalmar sabe deus como? E as horas passadas a brincar, a rebolar no chão, a fazer de cavalinho e elefante e leão e chão para ela pisar? E o cocó que já apanhei com as minhas-próprias-mãos, senhores? E o vomitado que já limpei? E as vezes que só me apetece sufocá-la de beijinhos e mordê-la e trincá-la? Nada disso conta?

Não, porque não desisti do meu emprego para ficar com ela em casa, porque não continuo a dar de mamar, porque não sou adepta do co-sleeping, claro que não. Porque não quero criar uma pessoa super dependente da mim, insegura, mimada e super protegida, que um dia teria, isso sim, de ir para a escola e aprender a socializar com meninos da sua idade que já estariam mais do que habituados ao mundo selvagem  lá de fora e que fariam dela gato-sapato como fizeram de mim. Isto sem falar na necessidade natural que os pais, às tantas, têm de voltar a ter tempo para eles, para o casal, para cada um individualmente e de encontrar um equilíbrio saudável entre si e o(s) outro(s). Mas nada disto é importante, claro que não. O importante é arranjar um banquinho seguro para a criança conseguir chegar à mama de pé.

Aposto que quem escreveu este artigo nem sequer tem filhos.

Nova marca amiga dos animais e do ambiente

É uma lufada de ar fresco ver o símbolo Cruelty Free na embalagem de um creme comprado na farmácia (e, infelizmente, com o preço de um produto vendido na farmácia...).
Experimentei as amostras que me deram, gostei, e quando vi "Contra os testes em animais" escrito no exterior da embalagem, não pensei duas vezes. É tão bom ter uma alternativa aos cosméticos biológicos que cheiram a terra e deixam a pele ressequida... É claro que a senhora da farmácia ainda me tentou impingir um creme da Vichy, mas levou logo com uma ensaboadela que até andou de lado.



Chamam-se Caudalie e são cosméticos naturais à base de grainhas de uva (diz que são um poderoso anti-oxidante) sem parabenos, sem lauril sulfato de sódio (aquela coisa que faz espuma e cancro ao mesmo tempo), ftalatos, óleos minerais, corantes nem, mais uma vez, produtos animais. A criadora da gama, Mathilde Thomas, diz no site: "Concebo os meus produtos para todas as mulheres que, como eu, não querem ter de escolher entre eficácia e produtos naturais, entre beleza e ecologia." Mas era mesmo disto que eu andava à procura! Senhora Matilda, muito obrigada!

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