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Bolas de Berlim... sem creme

Um blogue que não é de culinária (apesar de ter algumas receitas)

Bolas de Berlim... sem creme

Um blogue que não é de culinária (apesar de ter algumas receitas)

Do que esta gente se lembra

Ontem, uma pessoa que conheci há pouco menos de uma semana disse-me que, no primeiro momento que me viu (quando estava especialmente desgrenhada e ensonada), lhe pareci saída de um filme do Woody Allen, em especial do Vicky Cristina Barcelona. Inchei de vaidade por momentos ao recordar a maravilhosa Scarlett Johansson, mas depois lembrei-me que não sou nem loira nem beiçuda e que, portanto, não se devia estar a referir a essa.

Portanto, só há duas hipóteses. Ou a sexy latina femme fatal Penélope Cruz



ou a pãozinho sem sal da Rebecca Hall.


Não me consigo lembrar se aparece algum cão no filme...

Na era da distracção


A dois dias de três dias de férias (depois de 9 dias seguidos a trabalhar, mais não sei quantos meses sem férias, e com as férias grandes só no longínquo mês de Novembro) urge conseguir abstrair-me do sol lá fora e de todas as distracções oferecidas de bandeja pelo demónio chamado "Internet". Não aceito sugestões. Vou tentar não ir ao meu e-mail mais de 50 vezes hoje.

(Visto aqui.)

Minimalismo

"Um minimalista consegue compreender o valor das coisas, consegue não ser emotivo em relação às coisas que possui e consegue livrar-se de qualquer coisa que não tenha significado nem utilidade para uma vida mais feliz." in The Busy Woman and the Stripy Cat: O que é o minimalismo

Comecei a seguir este blogue e a debruçar-me sobre o assunto do minimalismo. Quanto mais leio, mais convencida fico que é o caminho que quero seguir. Porque me identifico com a frase em cima (quem muda de cada de dois em dois anos acaba por conseguir não se apegar demasiado às coisas, ou, como costumo dizer, aquilo que não vemos não nos faz falta) e porque preciso de reduzir a minha ansiedade que me invade de cada vez que tenho de fazer uma mala ou que, simplesmente, olho para qualquer prateleira lá de casa... (sem falar nos sacos de plástico cheios de papelada sabe lá deus do quê).

E é assim que este livro está a caminho lá de casa. Em versão invisível-digital, claro.



Entretanto, em Setembro tenho lugar marcado no Swap Market de Oeiras para vender tudo aquilo que já não me faz falta. Até lá, vou pensar seriamente na questão dos CDs que deixei de comprar, mas que me acompanharam na viagem Lisboa-Berlim-Lisboa e resumem 4 intensos anos da minha vida. Estou certa de que o minimalismo também abre algumas excepções...

O que levar quando não temos tempo para levar nada

Como é que alguém tem a casa a arder e lembra-se de ir buscar o autocolante "I love sharks"? Vamos lá a ser sensatos e coerentes. A sério...


Eu cá já sei o que levaria: a minha filha, o pai da minha filha, o meu gato e o meu iPhone. O pior é juntá-los todos em cima do tapete e pedir-lhe que digam cheese... Já o gato ficou sem cauda e o iPhone foi para o galheto...

(visto aqui e aqui)

Banner para quê?

Pronto, agora já não preciso de banner. Blogue de cara lavada, interactivo e de visualização seleccionável. É só ir à barra colorida por baixo do título do blogue e seleccionarem a visualização que quiserem. Por enquanto, a minha preferida é mesmo a Snapshot. Se bem que, visto assim, parece um blogue de fãs de Lana Del Rey...


Lana & broccoli

Devia falar aqui do fantástico concerto que Lana Del Rey deu no Meco e como lhe podia ter beijado os pés se ela se tivesse dignado, qual deusa encantadora, a caminhar mais uns meros 5 metros no corredor da fama, e como tive um fim-de-semana sopimpa de vento, sol e comida, mas a rotina da semana é tramada e parece que isso já lá vai há meses. De qualquer maneira, para quem não acredita que a Lana consegue mesmo cantar, leia este artigo e peça clemência aos céus.

O que queria mesmo era falar sobre os maravilhosos sumos que tenho andado a beber desde segunda-feira e como ainda não vomitei de enjoo. Há muito que o pai da minha filha se tornou adepto de sumos verdes feitos de, como o nome indica, coisas verdes e naturais, espinafres, brócolos, couve e outros legumes que toda a gente gosta de comer crus. Há muito que eu já tinha experimentado com o único resultado de passar a dizer mal dos mesmos sempre que se referia o assunto. Até houve um dia em que tentei beber mais de dois copos num dia, mas passei a manhã com um humorzinho insuportável, cheia de dores de cabeça e com fome, muita fome. Mas depois de muito ler sobre os benefícios dos mesmos, de ter ido à praia e ter constatado que a minha celulite já viu melhores dias e com alguma teoria da conspiração saiba-como-evitar-ter-cancro à mistura, lá sugeri, repito, sugeri, passar a beber os suminhos que tão bem fazem à saúde em vez de começar o dia com cereais cheios de açúcar bons bons só para dar as boas-vindas à família inteira da Sr.ª Celulite.

E eis que já vou no terceiro dia de sumos, saladas e pratos saudáveis, e já me sinto quase pronta para ir fazer as tais análises ao sangue que tenho andado a adiar há seis meses. Quem me vir no meio da rua a beber uma mistela vermelha ("sumos verdes" é uma força de expressão quando se usa beterraba...) com sementes assim a dar para o nojento deve achar estranho. Mas nessas alturas imagino que estou nas ruas de Nova Iorque onde weird=normal. E a mente tem um poder do caneco.

E como não sou fundamentalista, não deixo nenhuma receita. Porque sei que vocês já ficaram de água na boca, ora confessem lá!

Saudades

Chego a casa quase às dez da noite, de compras da mão e torcicolo no pescoço. Antes disso fui pôr gasolina, comprar envelopes, experimentar cadeiras de escritório, jantar fora, sozinha, mentira, tinha um livro, comprar comida para o gato, e envelopes, pôr gasolina. Depois cheguei a casa, vazia, a casa e eu, sozinha, eu, que a casa tinha o gato, com vontade de ir regar as plantas e apanhar a roupa como se não desse mesmo para deixar para amanhã. Daqui a nada vou-me deitar, sozinha, mentira, com o gato, ler um livro como já não fazia há tanto tempo, mais precisamente desde o Natal, altura em que comecei a ler este mesmo livro que agora tento acabar. A minha vergonha de má-leitora-desde-que-sou-mãe é da cor do gelado da Häagen Dazs, dulce de leche.

Ela não está. Ele não está. Ela está nas primas, e na avó, e em todo o lado menos aqui comigo, que era onde devia estar se a mãe dela, que parece que sou eu, não se tivesse lembrado que agora é que era mesmo altura de andar por aí a fazer cursos pós-laborais enquanto o pai dela empurra a bicicleta pela mão de Santiago. Daqui até domingo ainda o que falta e desta vez está a custar-me mesmo a sério. Mesmo, mesmo, como custam as coisas realmente importantes. O que me vale é o festival, na sexta, e depois um fim-de-semana só de mulheres para pôr a converseta em dia e bambolear a celulite na praia. Mas antes disso acho que ainda vou arrumar a roupa por cores e alisar-lhe a colcha da cama, vazia.

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