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Bolas de Berlim... sem creme

Um blogue que não é de culinária (apesar de ter algumas receitas)

Bolas de Berlim... sem creme

Um blogue que não é de culinária (apesar de ter algumas receitas)

33 semanas ou como estou tão feliz por não ter de sair de casa num dia como o de hoje

Abri um olho, ainda meio aturdida do sonho. Do corredor nem uma fresta de luz. Ainda deve ser de noite, pensei. Mas o facto de o gato já estar sentado na cama a olhar para mim em tom descriminatório indicava que já seriam mais que horas de me levantar e de lhe ir encher o prato. Sozinha em casa, sem marido nem filha, entregara-me ao sono dos justos e descansara o corpo durante tantas horas seguidas que a minha bexiga se deve ter compadecido de mim e só me acordara uma vez durante a noite. Repousada e enramelada, percorri as outras divisões da casa na esperança de encontrar uma boa razão para me vestir, pentear, lavar os dentes e assim, essas coisas que as pessoas que são obrigadas a sair de casa de manhã costumam fazer. Ponderei entre enrolar-me no sofá de taça de cereais na mão a ver a minha série de domingo à tarde preferida do momento ou ligar o computador e ver o que anda o mundo a fazer. Fosse como fosse, tive de acender a luz que isto hoje de luz natural não está famoso e lembrei-me dos tempos em que vivia em Berlim, em que dias como o de hoje eram uma constante. Com uma agravante: o céu nublado, cinzento, carregado parecia que descia e se acercava dos nossos ombros, pressionando, ameaçando, vou-te cair em cima, fazendo-nos perder qualquer vontade de andar na rua ou sequer olhar pela janela. É mais ou menos como me sinto hoje. Acho que foi por ter dormido muito. Ou por já estar um bocadinho farta desta coisa do repouso forçado. Ou por nos últimos dois dias, numa espécie de auto-compensação, me ter enchido de panquecas de banana e coisas fritas porque agora é que começaram os desejos (não sei se me safo sem ir ao MacDonalds comer aquelas batatas fritas do demo...) e estar assim numa espécie de coma de açúcar que só me faz ansiar por mais açúcar. Entretanto, para escrever este post estou a demorar tanto tempo como se estivesse a usar um computador dos anos 80 e, como tenho mais que fazer, vou mesmo ali enroscar-me no sofá, já sem ramelas, e decidir que coisa maravilhosa vou fazer nas 9 horas que se seguem até voltar a estar com outro ser humano. Parece-vos que estou muito aborrecida? É impressão vossa, a sério. Afinal de contas já só faltam 4 semanas para deixar de me preocupar. 4 semanas de pastelice! Yey!

E, no fim do Verão, ela nadou

Não sei por que é que, de todos os miliários da vida de uma criança (primeiro dente aos seis meses, primeiros passos aos 13, primeiro dia de escola), não se inclui a primeira vez em que uma criança nada sozinha no mar com braçadeiras. Não falo do dia em que a criança aprende a nadar efectivamente, sem quaisquer ajudas. É óbvio, e acho que ninguém nega, que esse é um dia memorável (quem não se lembra ainda do dia em que aprendeu a nadar?). Falo do dia em que uma criança consegue nadar sozinha com braçadeiras em pleno mar. É um passo enorme, um acto de coragem inegável, especialmente se estamos a falar de uma criança que ainda não fez 3 anos e ainda no início do Verão morria de medo de ir a banhos e agora já consegue largar a mão da mãe ou do pai e avançar dez metros para "mar alto". Nunca ninguém fala disso, nunca ninguém se lembra (eu não me lembro do dia em que nadei sozinha pela primeira vez com bóia ou braçadeira...), nunca ninguém dá a importância devida a esse marco, só porque é com braçadeiras e não é realmente nadar. Pff para vocês que só aprenderam a nadar aos 8 anos.

A felicidade estampada no rosto dela ao ir do pai para a mãe e da mãe para o pai, a auto-estima que florescia e o nosso orgulho por termos conseguido proporcionar-lhe tamanha sensação são sentimentos absolutamente impagáveis. Inestimáveis. Inexcedíveis. Não trocaríamos este fim-de-semana que passou por programa nenhum que nos trouxesse qualquer outro tipo de felicidade efémera. A nossa filha cresceu mais um bocadinho, nós estávamos lá para ver e se alguém me diz que qualquer criança de 2 anos consegue nadar com braçadeiras leva já com uma nas trombas!

"Esquenência"

Cresci a ouvir o meu pai usar o termo "esquenência" sempre que eu deixava um bocadinho de comida no prato, daqueles bocadinhos tão poucos que, usando uma expressão popular, mal cabiam na cova de um dente. Desconhecendo que tal palavra não existia, nunca me questionei acerca da sua origem e usava-a esporadicamente para me referir a algo tão diminuto que só havia uma palavra que lhe fazia jus ao tamanho: "esquenência". Só há pouco tempo é que, de facto, me apercebi que a palavra não existia. Nem sei se se trata de algum regionalismo (o mais provável) ou simplesmente de alguma palavra inventada pela necessidade de identificar aquilo que é tão pequeno, mas tão pequeno, que chega a ser ridículo. Na verdade, acho que essa palavra devia constar do dicionário. Ao longo da minha vida sempre encontrei exemplos típicos de esquenências e agora, a entrar (hoje!) no oitavo mês de gravidez (urra!), não encontro melhor termo para designar a minha bexiga, em comparação com tudo o resto. A minha bexiga é uma esquenência e não venha nenhum linguista acusar-me de incorrecção morfológica. Olhem lá bem para o tamanho da bexiga de uma mulher grávida, em cujo corpo tudo aumenta e dilata menos a bexiga, contem as vezes que vamos aflitas para a casa de banho de 20 em 20 minutos como se a bexiga fosse rebentar (e depois só fazemos três pingos), e vejam lá se me arranjam melhor termo! Ah, pois é!


Boas novas sobre o que aí vem (mas sem qualquer cinismo)

Só mesmo esta gaja para dizer as coisas como elas são. No curso pré-parto eles bem avisam que o primeiro mês é difícil, mas que passa, ficando uma pessoa a pensar que é como a seca de ter de assistir a um jogo Camarões-Arábia Saudita, sabe que passa e depois vem aquela série gira. Haha, desenganem-se. O primeiro mês depois de parir é capaz de ser a fase mais difícil por que passei e eu até tive um pós-parto mais ou menos fácil. Isto é, a Inês, a recém-nascida, aquele ser frágil e delicado que no primeiro mês não fazia mais do que chorar, dormir, cagar e mamar e a quem a nossa única missão foi ajudar a sobreviver (ao mesmo tempo que percebíamos como é que sobrevivíamos ao lado dela) foi uma bebé relativamente fácil, que conseguíamos adormecer sem grandes dificuldades, que cedo conciliou os sonos com os nossos e nos deixava dormir à noite, que só teve cólicas durante duas semanas, que mamou bem logo desde o início e que ia engordando a olhos vistos, nunca nos dando motivo de preocupação. A dificuldade foi em lidar com todo o desconforto associado ao pós-parto. Sim, desconforto. É esta a palavra. Andei um mês a sentir-me desconfortável no meu corpo. As mamas que doíam e não cabiam em nenhum soutien do mundo, o útero que sangrou durante 30 dias ininterruptamente como se estivesse sempre no primeiro dia da menstruação, as dores ao sentar, ou mesmo a impossibilidade de o fazer (para quem tenha uma cesariana serão outras dores com certeza), que duraram aí umas duas semanas e aquela dor de cabeça filha da mãe que não me largou desde que saí do hospital até ao segundo mês (dizem que é um efeito secundário da epidural, embora eu duvide que tamanha bênção dos deuses possa ter quaisquer efeitos nefastos!). E depois foi o meu humor que levou uma cacetada com um bastão de basebol e ficou assim meio raquítico, levando-me às lágrimas por tudo e por nada, mas especialmente sempre que abria o roupeiro e percebia que não tinha a porra de uma peça de roupa que me servisse (as roupas de grávida já estavam largas mas, como não sou a Cláudia Vieira, levei algum tempo a caber nas minhas calcinhas 36 sem sufocar).
É preciso ter coragem e paciência e um mantra qualquer do tipo "Isto vai passar" (sim, era o meu mantra super original) e um homem ao nosso lado tão espectacular como o meu que teve uma paciência de santo para os meus desvarios e me abraçou como se eu tivesse acabado de perder um ente querido perante um daqueles episódios do roupeiro (nunca lhe perguntei o que ele pensou realmente durante aquele abraço, é melhor não saber...).
E depois ainda há aquele medo parvo de alimentar a manha do bebé no primeiro mês, porque a tia e a avó e a vizinha e o taxista dizem convictamente que os bebés já nascem a sabê-la toda e que é preciso ter cuidado para não os habituarmos a adormecer ao colo e bla bla bla bla, que é só manha, raios que o parta. Manha, mas qual manha? Mas alguém acredita mesmo que um recém-nascido, que esteve dentro do ventre durante 9 meses, habituado a receber comida e oxigénio da mãe, sem ter de mexer uma palha para fazer o que quer que fosse, de repente salta cá para fora, é obrigado a respirar sozinho, a comer sozinho, a mamar, a engolir, a dormir num berço demasiado grande para ele, sem o aconchego da placenta e sem a voz da transportadora porque essa, a bem ver, está na sala com as mãos nos ouvidos para não o ouvir chorar, porque ele tem de aprender a adormecer sozinho, não importa se ainda só tem uma semana, que eles nascem a sabê-la toda, mesmo que o que lhe apeteça é ir lá pegar nele e embalá-lo nos braços e dar-lhe mais um bocadinho de maminha para ficarem os dois confortados, alguém acredita mesmo que um recém-nascido já nasce com manha? A sério? Eu caí neste erro umas duas ou três vezes. Porque é daquelas coisas que ouvimos em todo o lado, na farmácia, no centro de saúde, na casa dos avós, porque toda a gente tem a porra de uma opinião para dar sobre o que quer que seja, e há alturas piores que outras para ouvir certas barbaridades (temo dizer que, no que toca ao tema filhos, toda a gente continua a ter a porra de uma opinião para dar e continuará sempre até eles fazerem 30 anos e nos largarem as saias...). 
Mas logo percebemos, e posso afirmá-lo com a mesma convicção da tia e da avó e da vizinha e do taxista, se bem que não passa de uma opinião que eu também acho que tenho de dar, que isto da manha é das coisas mais parvas que já ouvi e que quando oiço alguém a dizer isso só me apetece lidar com a coisa à machadada. Sim, com a segunda, tenciono pegar nela ao colo as vezes que forem precisas, as vezes que ela pedir e que eu precisar para sentir o vínculo perdido no parto, adormecê-la ao pé de mim e cantar-lhe até se me esgotar a voz. Porque um recém-nascido não a sabe toda, não. Aliás, um recém-nascido não sabe nada. Agora nós, mães parideiras, já sabemos que isto não é fácil e que o primeiro mês vai ser um desafio (isto é um eufemismo). E quanto mais conscientes estivermos disto, mais bem preparadas estaremos para o enfrentar. Digo-o a título "quem te avisa teu amigo é", mesmo que me chamem agoirenta, a todas as amigas mamãs que vão ter bebé este ano (e no próximo, que já há para aí uma ou duas) e para mim própria, que me borro de medo de que cada vez que penso que vou passar pelo mesmo com a adjuvante de viver na mesma casa de uma catraia que vai reclamar toda a minha atenção quando a mana nascer. Raios... Agora que falo nisso, parece que tudo o que disse acima assim a modos que perdeu importância.

Ideias com talento #1 - Transformar camisas de homem

Era giro iniciar uma rubrica. Só naquela. Há por aí tanta gente com talento a fazer coisas giras e tanta gente com menos talento mas a mesma vontade de fazer coisas giras (eu, eu!!) que é uma pena não partilhar aquilo que vou encontrando na blogosfera ou nas revistas que compro esporadicamente enquanto espero na minha segunda casa, a Segurança Social. Foi o caso da Ma Chemise d'Homme, que vi na marie claire idées (só para dar estilo, porque o meu francês está ao nível do desenrascanço - seria capaz de pedir uma tarte aux mirtilles nos Alpes, mas quando fosse perguntar o preço o meu cérebro empancaria no quatre-vingt-seize ou outra forma parva de dizer os números).

Cá em casa proliferam as camisas de homem e não sou eu que as visto. São tantas que enchem mais de metade do roupeiro, deixando-me apenas com um terço do roupeiro livre para as minhas próprias camisas. Até a empregada já comentou que o homem da casa tem mais roupa do que a mulher da casa, ao que eu aquiesci com um breve suspiro. O problema é que o elemento masculino da família só se consegue livrar de alguma peça de roupa se ela estiver visivelmente surrada, rota, descosida, não der para remendar ou tiver uma nódoa gigante que já não sai nem com lixívia, mesmo que já não a use desde 1998. Eu já lhe disse que, qualquer dia, pego numa dessas camisas e faço uma saia para a Inês

tudo explicadinho em  inglês aqui
mas ele lançou-me um olhar daqueles já-ouvi-falar-de-divórcios-por-menos, pelo que eu ainda não tive coragem.

Mas, sem perder a esperança, vou guardando ideias giras para pôr em prática assim que a oportunidade espreitar (oh, que chatice, esta nódoa não sai por nada...). E o site Ma Chemise d'Homme dá mais que muitas ideias. E giras. É só preciso ter olho para a coisa e conseguir fazer roupa sem seguir nenhum molde. O que, definitivamente, não é o meu caso... 
Ora vejam só.






Contorcionismos

Ecografia do terceiro trimestre. Líquido bem. Placenta bem. Bebé-what´s-her-name bem. Tudo no sítio. Rachinha indicadora de que o ser ainda não mudou de sexo bem visível, como o médico fez questão de assinalar várias vezes (oh, e eu que ainda estava com esperanças...). Posição bem. Ou seja, já deu a volta. Ontem à noite, só pode, a primeira noite em que consegui dormir 5 horas seguidas sem acordar com as narinas tapadas pela Muralha da China (não sei porquê, mas esta crise de sinusite dá-me para fazer analogias geográficas...), pelo que não dei absolutamente por nada. Ia jurar que ainda ontem sentira pontapés do lado esquerdo (ao que parece está aí agora o rabinho) e não entendo como é que quando a primogénita deu a volta eu senti exactamente o que estava a acontecer e desta vez foi como se nada se passasse. Será isto um sinal de que, daqui a 15 anos (ou menos, a avaliar pelos tempos que correm) também não vou dar por nada quando ela saltar a janela do quarto para ir para a farra, fizer sabe-se lá o quê, e voltar a entrar pela janela vinte segundos antes de eu abrir a porta do quarto às 7 da manhã, para ver se está tudo bem, e não sentir o cheiro nauseabundo a tabaco e drogas ilícitas embrenhado debaixo dos lençóis? Eu sempre disse que esta miúda me vai dar problemas!

Entretanto, para meu eterno deleite, a obstetra teve a bondade de me avisar que tenho de voltar à Segurança Social. Parece que os computadores da SS não conseguem ler o campo referente a "Gravidez de risco clínico" que os obriga a pagar a 100% (deve ser um vírus, coitados...). Portanto, sem uma declaração do médico a comprovar o meu risco clínico fotocopiada umas dez vezes e anexada à baixa inicial e ao respectivo prolongamento, com uma bolinha à volta de "Risco Clínico" com caneta fluorescente e outra bolinha à volta do meu nome (Não leva cê, percebe?) e ainda um post-it só naquela do lembrete, não me vão pagar tudo a que tenho direito ou, arrisco a dizer, não me vão pagar de todo.
Curiosamente, sobre este papel ninguém me falou, nem aquando da baixa inicial, nem na minha anterior visita à repartição. E depois eu é que ando esquecida.


(isto agora fez-me lembrar qualquer coisa)

Voltar a respirar

Entretanto, boas notícias: a bebé está bem e as minhas contracções também estão bem, isto é, vão manter-se, continuando a haver risco de parto prematuro, e é preciso manter repouso e demais precauções, mas não é preciso continuar a contar as contracções (sim, eu até já tinha feito uma tabela!) e a palavra de ordem é: descontrair. Confesso que fiquei bem mais aliviada, mas nada bate o momento em que a médica, depois de me ouvir queixar da minha recente crise de sinusite que não me deixa deitar, dormir ou mesmo comer uma sandes sem arfar como se tivesse acabo de subir o Everest, me informou com uma descontracção inusitada que posso perfeitamente usar descongestionantes nasais, anti-inflamatórios e as milagrosas pastilhas Aerius que me vão desentupir o nariz daqui até Marrocos! Confesso: não ficaria mais feliz se me tivessem dito que tinha ganho o Euromilhões. O facto de poder voltar a respirar normalmente e dormir deitada provocou em mim uma alegria tão autêntica e infantil como quando vi o rabo do Pai Natal (aka meu pai) desaparecer atrás da porta num dos melhores Natais da minha vida!

Tutorial - Modificar o decote de uma t-shirt

O segundo tutorial deste blogue (uau!!) prende-se novamente com a transformação de roupa.
No  início do Verão, comprei uma série de t-shirts lisas e baratas à Inês com o intuito de as decorar com apliques e construir, assim, um roupeiro mais personalizado. No entanto, apesar de lhe servirem no resto do corpo, o decote das t-shirts é tão apertado que é praticamente impossível vesti-las ou despi-las sem lhe arrancar as orelhas. As t-shirts acabaram por ir ficando no fundo da gaveta até que, com demasiado tempo nas mãos e uma crise de sinusite que me impede de me esticar no sofá sem sentir que o meu nariz alberga todo o rio Ganges e respectivas vacas mortas, voltei a pensar no que poderia fazer para salvar as t-shirts e dar-lhes, pelo menos, mais uma utilização.
A minha ideia era transformar uma simples t-shirt lisa de decote redondo numa t-shirt mais feminina com decote em V e um toque personalizado. Algo assim:


Peguei numa das mais baratuchas e fiz-me à Internet à procura de dicas, certa de que haveria uma forte probabilidade de estragar a t-shirt se me pusesse a cortá-la sem qualquer orientação.
Descobri este vídeo sobre como cortar um decote redondo e transformá-lo num decote em V, cuja visualização recomendo fortemente para mãos de chumbo como eu.


O primeiro passo será, então, dobrar a t-shirt ao meio, marcar a zona a cortar com uma régua e cortar no sentido que é indicado no vídeo para que os lados fiquem simétricos.

O segundo passo será chulear o decote para evitar que desfie e/ou, dependendo do tipo de tecido, dobrar dois milímetros para dentro e pespontar. Ficará qualquer coisa como isto:

Depois de chuleado.

Marcar com alfinetes para pespontar.

Já com pesponto, o decote atrás fica mais largo e arredondado 
pronto para servir a qualquer cabeçuda!

De seguida, (terceiro passo) podemos passar à ornamentação do decote para conferir um ar mais distinto e personalizado à t-shirt. É sempre possível deixar ficar o pesponto, mas se não forem certinhas (como eu...), convém disfarçar o ponto com, por exemplo, uma fita de renda ou uma fita de viés. Como ainda tinha um metro de fita de renda em casa, optei por esta variante e acho que o resultado ficou bem interessante.

Para não fugir, convém fixar a renda com alfinetes.

Coser bem junto à margem do decote.


Como a parte inferior da renda, especialmente no V do decote, se levanta um bocadinho, recomendo coser também em toda a volta da extremidade inferior.

Ter especial atenção na zona do decote para não ficar franzido.

E o aspecto final nem deixa perceber que se trata, afinal, de uma t-shirt sensaborona de 2,99 €!

Gostei bastante do resultado e, apesar de o Verão estar a acabar, vou fazer o mesmo às outras t-shirts do género que têm um decote demasiado apertado. Pode não conseguir vesti-las todas ainda este mês, mas há sempre a hipótese de voltarem a ter utilidade daqui a dois anos, com a mais nova. 




É só estilo

Hora de deitar. Lemos um livro, invariavelmente Anita viaja de comboio...
- Mamã, o papá da Anita é um estiloso.
- Ai é? (contenho o riso). Pois, está de fato e gravata, está mesmo com muito estilo.
Continuamos a história. Na página seguinte, aparece a mãe da Anita. Eu comento:
- A mamã da Anita também é uma estilosa, não é?
- Não. É uma princesa.
- Ah, pronto... (contenho o riso).
Continuamos a história. Cinco segundos depois, põe a mão na minha cara, vira-me a cabeça para ela e diz:
- Mamã, tu também és uma estilosa!

Não sei quem lhe ensinou esta palavra, mas lá que a sabe aplicar, lá isso é inegável!

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