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Bolas de Berlim... sem creme

Um blogue que não é de culinária (apesar de ter algumas receitas)

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Expectativas

Passei o ano agarrada às minhas filhas. Uma ao colo e a outra colada às minhas pernas fascinada - ou aterrorizada - com a contagem decrescente e sem perceber muito bem o porquê da excitação geral. Calhou ser assim, passar o ano agarrada a elas, ou elas agarradas a mim, o que não faz de mim melhor nem pior mãe. Na verdade, se fosse uma mãe verdadeiramente preocupada com os filhos, tê-las-ia deitado à hora do costume e ficado no quarto com elas a zelar pelo seu sono. Mas não, em vez disso, fomos passar o ano a um hotel, tive de pousar o meu copo de vinho para pegar nelas, levei-as para o meio da rua em plena noite gelada (com casaco, pronto) para ver o fogo-de-artifício, e deitei-as já passava da uma. Felizmente, ninguém adoeceu e acho que toda a gente se divertiu muito.

Dez segundos antes de começar a contagem decrescente, a Alice, que já estava ao meu colo, deu-me um abracinho. Assim do nada, o que é minimamente estranho, deu-me um abracinho com direito a palmadinha nas costas. A expressão "de coração cheio" deve vir de momentos destes. Foi por isso que, quando daí a nada a multidão começou a grunhir a contagem decrescente e a Inês se veio agarrar às minhas pernas (provavelmente a pensar que o mundo tinha enlouquecido), eu não me importei nada de passar o ano agarrada às minhas filhas e não a outra coisa mais leve como, sei lá, um copo de gin.

A bem dizer, acho que passei o ano exactamente como queria. Espero que vocês também.

 

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 As miúdas adoraram a ideia de dormir num hotel.

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 O último pôr-do-sol de 2015.

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 O primeiro pequeno-almoço de 2016, com direito a vista.