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Bolas de Berlim... sem creme

Um blogue que não é de culinária (apesar de ter algumas receitas)

Bolas de Berlim... sem creme

Um blogue que não é de culinária (apesar de ter algumas receitas)

Aviso: post não adequado a pessoas sensíveis a asneiras

Fui convidada.... ahahaha, espera, não consigo manter a pose de blogger influente... Vou começar de novo.

Inscrevi-me numa promoção de um ginásio elitista que eu não vou dizer o nome, mas que já toda a gente adivinhou qual é, que fica a 5 minutos a pé da minha casa, e que me oferece 15 dias inteirinhos de treino gratuito para a mini-maratona. Eu já andei neste ginásio elitista e a relação nem sempre foi pacífica, muito menos nos meses em que não ia (outros tempos!), mas 2 semanas de treino grátes são 2 semanas de treino grátes e, por isso, lá aguentei a conversa mercantilista, em jeito de ameaça, "vem treinar connosco gratuitamente, mas está interessada em ouvir as nossas condições de adesão, certo?" até me passarem o voucher para a mão. Sobre isto do grátes falaremos mais tarde...

Agora vamos ao que interessa: a sala de cárdio. A sala de cárdio tem máquinas novas, passadeiras, bicicletas e elípticas daquelas que dá para ligar o iPod, ir à net e ver televisão. Serve também de boa justificação para o preço que cobram aos sócios e, ah, é verdade, também dá para definir o treino, claro, mas isso é para os maluquinhos da corrida. É uma máquina mesmo boa. Liguei o meu iPod, liguei os fones, ia escolhendo as músicas directamente a partir do ecrã da máquina e isso é que foi curtir. O pior foi quando me apercebi que já estava a deitar os bofes pela boca e a puta ainda só tinha marcado 1 km. Desculpa?? Começo a ver, e à velocidade a que eu ia, que é a velocidade a que eu chamo nunca-corri-tão-depressa-na-vida, a parvalhona dizia que estava a correr a 9:40 minutos por km! O quê??
Vamos lá a analisar os factos com calma: 9:40 minutos por km fazia eu no princípio, quase a andar, sim? Eu corro devagar, mas não sou nenhum caracol! Bom, lá aumentei a parada para os 8:58 minutos por km (!), e logo percebi que era uma nova categoria de esforço a que chamei estou-aqui-estou-a-ter-um-ataque-cardíaco. Foram várias as vezes que chamei puta à máquina durante os 41 minutos em que corri. Sim, porque aquela preguiçosa precisou de 41 minutos para contabilizar uns"esgalhados" 4 km. Eu já só pensava em como fazer aquela gente toda lamber-me o suor e só sonhava com as ruas livres à minha disposição para correr ao meu ritmo e fazer 6 km, não 4, àquela velocidade.
Depois ainda fiz uma bicicleta para acalmar o coração que, juro, esteve assim para me saltar da boca, e saí de lá sem conseguir sentir as pernas.

4 KM, O CARALHO, sim??


E eu que nem sou nada asneirenta.


(E, entretanto, comecei com esta música a fazer a minha playlist para correr. Dá mais pica se pensarmos que estamos no meio de um vídeo de música!)

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