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Bolas de Berlim... sem creme

Um blogue que não é de culinária (apesar de ter algumas receitas)

Bolas de Berlim... sem creme

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Um dia de Whole30

Hoje é o último dia do nosso Whole30. A nossa quaresma também acaba esta semana, mas quem é que já quer saber da quaresma...
Estes últimos dois dias de Whole30 têm custado um pouco mais, talvez por saber que o fim se aproxima e desejar que acabe depressa. Confesso que esta "dieta" é um pouco restritiva. Por exemplo, não vejo mal nenhum em comer arroz e outros cereais como aveia, cuscuz, quinoa e leguminosas e estou desejosa de poder voltar a comer estes alimentos. Combinámos que não vamos a correr comer doces no dia 1. Vamos esperar pelo almoço de Páscoa e vamo-nos limitar a apenas um doce. O resto dos alimentos iremos introduzir aos poucos, para o corpo não achar que isto voltou a ser o da Joana...

Mas, afinal, em que consiste um dia Whole30? O que se come? O que não se pode comer já vocês sabem. Mas como se consegue sobreviver a 30 dias sem pão, nem leite, nem massa, nem chocolatinhos?

Pois bem, eis um dia típico do Whole30:

Pequeno-almoço
Começa-se com um bom pequeno-almoço, normalmente com ovos e fruta. Já dei alguns exemplos de pequenos-almoços saudáveis aqui. Nesta foto vê-se o pequeno-almoço de ontem: chia hidratada de véspera em leite de coco com morangos, bananas, mirtilos e mistura de sementes.



A meio da manhã
Snack simples como frutos secos, um ovo cozido, batata doce assada ou maçã com tahini (pasta de sésamo) ou pasta de amêndoa.

Foto retirada daqui, porque as minhas ficaram sempre feias

Almoço
Sopa e uma salada rica com 80% de verdes e sementes germinadas e o resto com carne, peixe ou ovo. Quando digo rica, não me refiro só à variedade e carga de nutrientes. Refiro-me também à quantidade: normalmente pegamos na maior taça de salada que tivermos em casa e enchemo-la com alface, rúcula, tomate, espinafres, couve, azeitonas, you name it. É mesmo para encher o bucho sem culpa. Depois vem o acompanhamento. O objectivo é tornar a salada o prato principal e a carne/o peixe o acompanhamento, e não ao contrário.


Lanche
Os mesmos snacks da manhã ou uma taça de fruta com canela.

Jantar
Igual ao almoço: sopa e salada. Mas não pensem que só comemos salada. Nada disso. Há dias em que temos tortilha, pernas de frango no forno, salteado de legumes, lombo de salmão ao sal, peixe no forno, empadão de carne picada e couve flor... Não é obrigatório comer só salada, claro. Na verdade, no Whole30 podem fazer e adaptar imensas receitas desde que respeitem os ingredientes estipulados e os proibidos. Podem substituir o arroz por "arroz de couve-flor" (o Jamie Oliver tem uma receita disto) ou o esparguete por "esparguete de courgete". Dá mais trabalho, é verdade. Pesquisar alternativas também dá mais trabalho. Mas quem quiser mesmo mudar a alimentação, seja porque razões forem, será recompensado.

Eu espero ser recompensada amanhã, quando me pesar, e na quinta, quando for levantar os resultados da análise ao sangue que fiz na reta final do Whole30 (calhou bem, não foi de propósito). Não há nada melhor do que aliar a perda daquelas gordurinhas insistentes com uma melhoria notável do estado geral da saúde e, ainda, prazer em comer! Ter uma alimentação saudável não é comer comida de coelho nem fazê-lo só para emagrecer ou porque está na moda. Não é uma frivolidade. É uma necessidade. Gostava que mais gente percebesse isso.

Bolachinhas sem culpa

Hoje li, numa daquelas revistas femininas com conselhos e artigos para tudo, que aquelas pessoas que compensam as falhas emocionais com comida não têm, na verdade, culpa nenhuma de serem fracas de espírito. Têm, sim, falta de crómio. Não posso, nem quero, dar dados estatísticos que corroborem isto. Dá um jeitão pensar que, afinal, as minhas facadinhas na alimentação saudável não são culpa minha nem podem ser evitadas porque, afinal, a culpa é do crómio! Sendo assim, não foi de estranhar que hoje tenha dado uma facadinha no Whole30...

Apesar de estar um dia lindo (eu sou daquelas pessoas que se deixa afetar pelo mau tempo), estive de mau humor durante grande parte do dia. Começou quando os planos que tínhamos para o dia saíram furados e tivemos de nos contentar em ficar aqui pela zona. Eu, que trabalho em casa e estou sempre por aqui, ando sempre mortinha por ver caras novas e paisagens diferentes ao fim-de-semana. Por isso, a alteração de planos não me pareceu lá muito bem. Como se já não bastasse, durante o passeio improvisado que demos de manhã para aproveitar o sol, o meu iPhone caiu e o vidro do ecrã estilhaçou-se. Como podem calcular, o meu humor não melhorou... Depois ainda tive de ouvir o homem durante 10 minutos sobre a importância do relativizar e de não deixar que uma coisa tão tola como partir o ecrã do iPhone de 500 euros me estrague o dia. No fim, fiquei sozinha mais a minha descompensação, porque o homem tinha bilhetes para a bola. E o resultado foi este: bolachinhas de dois ingredientes, sem açúcar adicionado, sem glúten, sem lactose, mas com aveia, que está proibidíssima no Whole30! Não sei o que diz o programa sobre as facadinhas, porque não li essa parte, mas estamos a 3 dias do fim e, bom... pronto... paciência! Era pior se tivesse ido ao café comer um mil folhas. Eu nem gosto de mil folhas.

A parte boa se não comer doces há quase 30 dias é que estas bolachinhas, que só têm o doce da banana, me souberam a ginjas! Só ia comer uma para provar e acabei por comer umas três ou quatro. As minhas papilas gustativas nem podiam acreditar na sua sorte! As miúdas adoraram, eu fiquei mais compensadita e não sobrou uma para contar como foi. 

Bolachinhas de dois ingredientes



Ingredientes
Duas bananas maduras
Uma chávena de flocos de aveia
Para polvilhar usei coco ralado, nozes, miolo de amêndoa e flocos de milho (os preferidos da Inês)

Como fazer
Com  um garfo, reduzir as bananas a puré. De seguida, juntar os flocos de aveia e mexer bem até obter uma massa consistente.
Num tabuleiro com papel vegetal, colocar colheradas da massa em forma de bola. Decorar com coco ralado, flocos de milho (daqueles da Kellogg's ou semelhante), nozes partidas aos bocadinhos, miolo de amêndoa, canela, amêndoa em palitos, pepitas de chocolate e o que a vossa imaginação (e balança) vos pedir.
Vai ao forno pré-aquecido a 180 graus, durante 12 a 15 minutos ou até ficar tostadinho.

Por causa dos ingredientes que levam, não são bolachas estaladiças e no meio têm uma consistência mole e agradável, com o creme da banana a contrastar com os flocos de aveia sólidos... A melhor parte? Podemos comer o "pacote" todo sem sentir culpa! Bom, se não estiverem a fazer o Whole30, claro...

Mudanças


A quaresma e o Whole30 estão a acabar (próximo dia 31) e não me consigo decidir se a primeira coisa que vou comer no dia 1 é sushi ou uma torrada em pão caseiro da Azóia barrado com manteiga Milhafre derretida... Mas o mais provável é que não vá a correr empanturrar-me em glúten nem doces. Tanto que, por
 incrível que pareça, não me apetecem doces e ando a guardar, para fazer depois, imensas receitas saudáveis com ingredientes que me estão vedados agora, como a aveia, a quinoa e o grão. Ao fim de quase 30 dias sem asneiras, percebo que o corpo se habitua tanto a uma alimentação saudável como a uma alimentação com muito açúcar e comida processada, é só uma questão de consistência. Às vezes, quando penso nisso, parece que oiço o meu corpo pedir-me que continue assim, mas com menos restrições (o arroz começa a fazer-me falta) e que o vá tratando bem, que ele tratará de me recompensar de volta.
E foi assim que, como se a maluquice do Whole30 não bastasse, em Abril decidimos que vamos ter o mês do exercício físico. Duvido que vá fazer grande alarido desse desafio. Não me estou a ver a postar fotos de mim a fazer agachamentos...

Já fotos de smoothies é coisa que é capaz de começar a aparecer por aqui.

(As minhas desculpas. Este blog é meio esquizofrénico, eu sei.)

Snacks saudáveis #1

Azeitonas


Nunca tinha pensado nas azeitonas como um snack saudável. Via-as como fazendo parte das entradas nos restaurantes e algo a evitar, pois em casa da minha avó sempre se fizeram acompanhar com bons nacos de pão alentejano. Sem colesterol, sem açúcar e baixas em calorias, são, contudo, uma óptima alternativa ali entre o lanche e a hora do jantar, para refrear aquelas vontades de barrar tostas em paté de atum. Além disso, são fáceis de transportar e conservam-se bem fora do frigorífico durante um dia, o que as torna ideais para levar para o trabalho.

Dúvidas

Criar ou não criar uma página para o blogue no Facebook?
Mudar ou não mudar o layout do blog?
Desenhar ou não desenhar um logótipo personalizado?
Criar ou não criar um avatar para o meu perfil?

Tantas dúvidas que se têm num dia de trabalho descontraído.

Pequenos-almoços com chia

Como já disse aqui, no âmbito do programa Whole30 os nossos pequenos-almoços têm sido bastante variados: desde omeletes a mousses de fruta feitas na hora, dos sumos verdes a uma espécie de overnight de sementes de chia com leite de coco e fruta. Este é o meu pequeno-almoço preferido e obviamente tinha de começar por ele.
O processo é igual às minhas queridas overnight oats, mas sem aveia, que está proibida no Whole30, mas que é adequada a quem quer seguir uma dieta sem glúten (apesar de na embalagem dizer que tem vestígios de glúten, é só por contaminação, a aveia não tem glúten!).

É saboroso, saudável e fácil de fazer.



Ingredientes para dois:

- uma lata de leite de coco
- quatro a cinco colheres de sopa de sementes de chia, dependendo se gostam mais ou menos espesso
- fruta aos bocados (nesta foto usei banana, tangerinas e laranja, mas podem usar qualquer fruta)
- uma mão cheia de frutos secos variados
- uma colher de sopa de sementes (por ex. girassol, abóbora, linhaça, sésamo e cânhamo)

Como fazer:

Na noite anterior, juntem o leite de coco com a chia. Agitem bem a lata de leite de coco, pois tende a solidificar. Depois de deitarem as colheres de sementes de chia, mexam bem para espalhar todas as sementes. Deixem repousar durante cinco minutos. Vão reparar que a chia tem tendência para se acumular no fundo do frasco. Por isso, é importante que nos próximos minutos vão mexendo ou agitando de vez em quando para não se criarem "coágulos" de chia. Ao fim de mais ou menos quinze minutos, está pronto para comer. Mas, para melhores resultados e mais sabor, aconselho vivamente deixarem no frigorífico durante a noite.

Na manhã seguinte, é só juntar a fruta, os frutos secos e as sementes. Se estiver muito espesso, podem adicionar mais leite de coco ou sumo de meia laranja. Os mais gulosos podem juntar um pouco de mel, geleia de arroz ou xarope de ácer, mas, a menos que tenham usado fruta muito ácida, garanto-vos que não é preciso.

Deixo-vos mais algumas receitas que tenho encontrado na net e que me têm servido de referência:

- Pudim de chia de limão com clementinas (feito, provado e aprovado!)
- Mousse de chia e framboesas (feito, provado e aprovado!)

E esta, que estou temporariamente proibida de fazer e provar, mas que me tem enchido o olho cá de uma maneira... Ia saber mesmo bem num dia de vento como hoje...


E vocês, querem partilhar comigo as vossas receitas?

Whole 30

Hoje é o dia mundial da felicidade. Podia vir aqui falar-vos do meu projecto da felicidade perdido algures em Janeiro, ou do prazer que retiro da minha profissão ou da felicidade familiar que me completa. Mas não. Decidi vir falar-vos de roupa e comida. 
Não, não é tão fútil como parece.

A quaresma ainda não acabou, lembram-se? Houve umas mudanças pelo meio e acabou por se focar bastante mais no corpo do que na mente. Voltámos a ver televisão e ignorámos tudo aquilo que poderia contribuir para a nossa intelectualidade. No entanto, não descurámos a parte da alimentação e do exercício físico que temos cumprido religiosamente e com um prazer que não esperávamos. Ok, eu hoje esqueci-me de ir ao ginásio, mas isso foi porque estava entusiasmada a legendar um filme colombiano e não dei pelas horas passarem (eu a armar-me!) .

Mas ontem, vesti, pela primeira vez no ano (na vida?), uma camisa de tamanho S. Senti aquela emoção meio de felicidade meio de espanto por ver que os meus esforços estavam a dar os seus frutos. Esforços, que esforços?

O nosso pequeno-almoço é aquele ali da esquerda,
com as sementes de chia...
Bom, quando comecei o Whole30 - relembro, um programa alimentar com a duração de 30 dias que exclui todos os cereais (mesmo os que não têm glúten), lacticínios, açúcares, leguminosas (esta ainda não percebi porquê) e todo o tipo de comidas processadas - pensei que era uma missão condenada à partida. Passar 30 dias só a comer proteína, vegetais, fruta, frutos secos e chazinho? Nem um iogurte magro? Nem uma bolacha de arroz tostado? Mas, a verdade, e agora acreditem se quiserem, é que não me tem custado assim tanto. Introduzimos, inclusivamente, um dia só de sumos e sopas e posso dizer que tem corrido na perfeição. Como o programa manda que só nos pesemos no fim dos 30 dias, só nos resta examinar a cara um do outro à procura de sinais de emagrecimento e avaliar o número de buracos do cinto que andamos a apertar. Mas estamos, definitivamente, os dois mais magros!
Pudera! Experimentem cortar no açúcar, no pão e nos iogurtes gregos açucarados e vão ver se não emagrecem.
Smoothie de fruta e espinafres

Mas aquilo de que vos queria falar até nem era disto, do facto de estar feliz por ter emagrecido. Era mesmo do facto de estar feliz por ter finalmente encontrado opções de alimentação saudável e deliciosa que me agradam! Oi? Estarei a ler bem? Comida super saudável e deliciosa? Sim! Acreditem ou não, temos feito pratos deliciosos com as coisas mais simples, como salteados de legumes com frango ou salmão, pernas de frango no forno com legumes assados com alecrim (esta não é um dieta apropriada para vegetarianos...), sementes geminadas temperadas com vinagre, as mais variadas saladas cujo segredo reside, muitas vezes, no tempero, e pequenos-almoços e snacks de comer e chorar por mais. Acho que a parte de que estamos a gostar mais talvez sejam mesmo os snacks. O homem usa muito o desidratador (uma coisa destas) e temos feito coisas esquisitas como couve portuguesa desidratada massajada em azeite e salpicada com misturas de sais africanos, chips estaladiços de courgete e batata doce mais alguma coisa de que não me lembro.
Pequeno-almoço com ovos, bacon, tomate cherry e coentros

Às vezes também comemos simplesmente tiras de cenoura com babaganoush, azeitonas, laranja com canela  e mistura de frutos secos. Juro que isto sacia e é uma alternativa perfeitamente compatível com boas bocas. Ainda há os pequenos-almoços, onde usamos e abusamos de coco e leite de coco, o único "leite" autorizado, mas acho mesmo que vou ter de voltar um dia e falar sobre cada uma destas receitas individualmente. E sabem porquê? Porque hoje, quando levei leite de aveia para a escola das meninas para o lanche da mais velha que tem prescrição médica para evitar o leite de vaca durante uns tempos, o esgar de nojo que a educadora fez quando olhou para o pacote de leite de aveia não me fez sentir uma extra-terrestre, fez-me, sim, sentir vontade de mostrar que nós estamos bons da cabeça!

Nunca pensei dizer isto, mas, pela primeira vez na minha vida, ando a comer couve escura com prazer. E pronto, com esta devo ter perdido metade dos poucos leitores que ainda tenho.

A couve desidratada

Um ano diferente


Quando surgiu no Kickstarter, contribuí imediatamente para o financiamento do livro da Monika Kanokova, This Year Will Be Different. Nesta fase de lançamento do meu trabalho por conta própria, o tema não poderia ser mais apropriado: uma colecção de histórias inspiradoras sobre mulheres que, como eu, um dia decidiram que não iriam mais trabalhar para outros e que estava na hora de seguir o seu sonho.
O livro foi totalmente financiado por crowdfunding e eu recebi o meu exemplar digital. Mas não o li logo e iria ficar esquecido nos confins do meu computador se não fosse o meu homem ter decidido fazer-me uma surpresa e ter-me comprado a versão encadernada, com direito a uma dedicatória da autora. Foi, sem dúvida, uma boa surpresa! Comecei a lê-lo nessa mesma noite e posso dizer que estou fascinada. Ainda só li 6 histórias/entrevistas (entre as quais, uma portuguesa cujo blog já seguia, aliás, foi ela que me deu a conhecer este projecto) e já sinto que aprendi imensa coisa sobre a forma como posso ser bem-sucedida na minha carreira independente.
Cada entrevista tem uma espécie de prefácio com dicas e truques para ser uma freelancer bem-sucedida. O livro está escrito no feminino e, talvez por isso, aliado a um discurso directo e apelativo, parece que se dirige directamente a mim. Consigo rever-me até mesmo nas histórias de mulheres com carreiras no extremo oposto da minha, como fashion bloggers ou designers de fontes de letras, e retirar ideias de sugestões de capítulos que inicialmente pouco ou nada me diziam, como o capítulo sobre deixar o nosso eu-perfeccionista lá fora (perfeccionista, eu?).

Aprendi, por exemplo, que tenho mesmo de trabalhar no meu website profissional e como o posso fazer da melhor maneira, que tenho de fazer os meus preços e ser-lhes fiel (confesso que me adapto ao preço que as agências fazem, quando devia ser ao contrário, e que sou demasiado mole quanto tenho de negociar preços e prazos) e que a melhor maneira de apresentar amostras do meu trabalho sem comprometer a confidencialidade a que sou obrigada quando faço uma tradução, é colocar no meu website traduções realizadas por iniciativa própria e que tenham a ver com as minhas áreas de especialidade para apresentar a potenciais clientes sem violar nenhuma questão ética. Nunca tinha pensado nisso, mas parece-me uma excelente ideia.

Não me parece que haja algum capítulo que ensine a dizer que não, a pesar os prós e os contras de aceitar determinados trabalhos e a tal relação custo/benefício de já falei aqui, pois é uma das coisas em que tenho mais dificuldade... Mas estou certa de que hei-de aprender isso a algum custo (o meu, certamente) e até já estou a dar pequenos passos que me libertem algum tempo livre e espaço para trabalhar na minha apresentação aos clientes, na minha presença nas redes sociais como tradutora e na optimização dos processos de trabalho. Porque tudo isto é importante.
(O facto de a minha mais velha ter ficado doente e me ter obrigado a esvaziar a agenda foi, sem dúvida, uma boa maneira de conseguir um final de semana de trabalho mais desafogado).

Além disso, sinto-me impelida a contribuir para o sucesso de alguns dos projectos destas mulheres, como o copo menstrual da Maxie Matthiessen que ajuda à escolarização das meninas em África ou os livros que Frances M Thompson publicou sozinha e estão à venda na Amazon a um preço muito simpático. São mulheres como eu que concretizaram os seus sonhos e merecem continuar a ter anos diferentes, todos os anos.

(Falei deste livro a primeira vez aqui. É bom saber que há ideias que não caem em saco roto.)

Lobismulher

Começo a achar uma certa correspondência entre a lua cheia e as noites em que as minhas filhas dormem mal. A mais nova também já mostrou as suas garras a meio da noite, tendo entrado numa espécie de transe histérico muito pouco adequado a tão tenra idade.
Uma filha lobismulher ainda aguento. Duas não.
Vou ali laquear as trompas e já venho.

(sim, eu sei que provavelmente foi mais um dente, mas nunca fiando...)

Para os incrédulos da couve

Faz amanhã oito dias que começámos uma nova experiência integrada na quaresma flexível: o Whole 30. Trinta dias só com comida natural, nada processado, nada de glúten, nem lacticínios. Pensei que me fosse custar horrores, mas a verdade é que me tenho sentido estranhamente bem, satisfeita e compensada. É que vocês não fazem ideia quão saborosos são os snacks de couve portuguesa desidratada (portanto, estaladiça como batata frita) massajada com azeite e salpicada com uma mistura de sais que nos trouxeram de África. Não sabem, pois não? Azar.


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