Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Bolas de Berlim... sem creme

Um blogue que não é de culinária (apesar de ter algumas receitas)

Bolas de Berlim... sem creme

Um blogue que não é de culinária (apesar de ter algumas receitas)

Bananas de Halloween

Em Sesimbra, pede-se o Pão-por-Deus no dia de Todos os Santos. Os miúdos vão de porta em porta com um saquinho na mão e as pessoas dão-lhes o que quiserem ou tiverem por casa, invariavelmente doces ou frutos secos. Lembro-me de, na minha infância, também haver disto na terra dos meus avós, no Alentejo, mas foi hábito de que nunca me apercebi nas grandes cidades.

As minhas filhas ainda são pequenas para irem ao Pão-por-Deus, mas este ano a escola decidiu festejar o Halloween a preceito. Foi assim que a sala da mais velha recebeu a visita de uma avó que foi fazer com os meninos bananas-fantasma e abóboras de tangerina e kiwi. Achei a ideia genial, muito fácil de fazer e acessível a todos os bolsos e mãos pouco dotadas e uma boa maneira de os miúdos comerem fruta.

Vou roubar-lhe a ideia:

banana ghosts.jpg

Bananas-fantasmas com pepitas de chocolate e abóboras de tangerina e kiwi (sugestão da avó, se bem que nesta foto parece ser pepino).

Livro de tecido interactivo

Em inglês chamam-se Quiet Books e são muito populares. Por cá já se começam a ver, mas as versões comerciais deixam muito a desejar do ponto de vista da imaginação.

Basicamente desde que aprendi a costurar que penso em fazer uma coisa destas. Nunca tive coragem, porque deve ser projecto para durar um ano inteiro e pôr de lado rapidamente por falta de tempo.

Há umas semanas uma amiga mandou-me este vídeo. É tão delicioso que decidi, naquele momento, fazer um mini-livro de tecido para o aniversário da Alice, já daqui a um mês! Estou preparada para a Inês também querer um, mas para o aniversário dela já tenho outras costuras pensadas.

 

 

Já comecei. Fiz um vestidinho para uma boneca demasiado grande e ando agora à procura de um template online para mãos mais pequeninas. Estou oficialmente em modo Quiet Book. Os vestidos a sério agora vão ter de esperar.

IMG_9833.JPG

 

(O Pinterest está cheio de ideias fantásticas. Houvesse tempo e não fazia mais nada.)

 

 

 

 

Discos de limpeza em crochet

discos de maquilhagem.JPG

Quem me conhece sabe que tenho a mania da ecologia, reciclo quase exaustivamente, compro coisas em segunda mão e gosto de dar oportunidade a alternativas ecológicas que não me compliquem muito a vida (não sou fundamentalista, portanto). Este mês decidi refrear bastante o meu consumo e aderir ao Buy Nothing New Month, mas sobre isso falarei mais tarde, porque a coisa precisa de mais contexto.

Decidi, assim, dar mais um pequeno passo na substituição de artigos poluentes, vindos sabe-se lá de onde e feitos sabe-se lá como, como são os discos de algodão de limpar a pele e remover a maquilhagem que uso diariamente. Confesso que me custa dar mais de dois euros por um pacote de algodão biológico e de comércio justo, quando as marcas brancas vendem mais quantidade por menos de 1 Euro. Mas a questão do algodão tem muito que se lhe diga, como podem ler aqui. Por isso, decidi substituir os discos de algodão por discos reutilizáveis.

Inspirei-me em modelos como este, mas na verdade isto não tem nada que saber: é fazer um anel mágico com 12 paus, duplicar o número de paus nas voltas seguintes e, ao fim de três voltas, rematar. Faço três enquanto vejo uma série.

São laváveis à máquina e muito práticos. O único senão é que são demasiado "esfoliantes" para usar de manhã e à noite, por isso da próxima vez estou a pensar coser uns em flanela (tutorial em inglês aqui).

Até visualmente são bastante mais apelativos do que os outros e até a Inês agora já gosta de lavar a cara... Estou fã.

IMG_9732.JPG

 

IMG_9737.JPG

 

IMG_9738.JPG

 

Uma toalha de capulana para a praia

Antes de ir de férias, meti na cabeça que queria uma toalha nova. Lembrei-me da capulana que trouxe de Moçambique em 2011, oferecida por uma amiga, com um padrão lindíssimo mas que dava pena cortar porque iria quebrar o desenho.

IMG_8913.JPG

 Não é lindo? Agora faz-me lembrar o leão Cecil...

 

Ficou 4 anos na gaveta, até ter tido a ideia de fazer uma toalha para levar para a praia. Como as bainhas até já estavam feitas, só tive de comprar umas franjinhas, uma fita grega, coser em baixo e em cima e... voilá, uma toalha gira para a praia!

 

IMG_8911.JPG

 

IMG_8914.JPG

 

IMG_8919.JPG

 Agora vou ali de férias e já venho.

Colchão de almofadas (uma espécie de tutorial)

 colchão2.JPG

Não lhe devia chamar colchão, porque na verdade é um conjunto de almofadas pegadas entre si, mas o propósito é recriar a sensação de nos deitarmos num colchão fofinho a ler no quintal, no terraço ou na varanda.

Há uns tempos, vi no Pinterest uma imagem que achei genial para as miúdas: coser almofadas umas às outras para dar forma a um colchão para ter no chão. Mas o tempo foi passando e fui adiando o projecto na imensidão de projectos que tenho sempre para concretizar. Acabei por deitar mãos à obra há pouco mais de um mês, quando o calor a sério chegou e começámos a passar mais tempo lá fora. Costumamos estender uma manta no relvado e estar por ali, mas este ano tem havido muitos gafanhotos no relvado - quem me conhece ou já lê este blogue há algum tempo sabe o pavor que eu tenho a gafanhotos - e houve um dia em que tive de proibir a circulação na relva (porque senão eu também tinha de ir para lá), fui buscar almofadas e tentei recriar um espaço minimamente confortável no chão de pedra. As miúdas, brincadeira para aqui brincadeira para ali, acabaram por fazer carreirinha com as almofadas, a fingir que era uma cama, e deitavam-se divertidas... e refasteladas! Aquilo parecia muito confortável. Foi quando me lembrei que tinha umas fronhas de almofada a que não dava uso e e, em 30 minutos, fiz um colchão para o jardim. É extremamente fácil e rápido e, no fim, pensam: "Mas é como é que não me lembrei disto antes?"

 

Material necessário:

- Fronhas de almofada

- Almofadas (eu usei 4, que dá para um adulto, 3 se for para criança)

 

Basicamente, é unir as fronhas pelo lado maior, deixando a abertura para a almofada, para ser mais fácil retirá-la quando for necessário lavar, por exemplo. Depois é colocar as fronhas com as almofadas e, voilá, está pronto para servir de encosto para ler um livro!

 

colchão.JPG

Foi o sucesso total. As miúdas adoraram, os adultos adoraram. Rapidamente percebi que teria de fazer outro colchão, mas como já não tinha almofadas com largura suficiente para as fronhas que tinha, resolvi fazer eu mesma as fronhas. Usei um tecido do Ikea que tinha aí, cortei quadrados de 52 x 52 (para almofadas de 50 x 50) e cosi à volta deixando uma abertura para inserir as almofadas. Desta vez optei por uma técnica de união diferente, com botões de mola, pela única razão de poder separar as fronhas quando precisar de as lavar. Na altura de as coser, não fui inteligente o suficiente e cosi a abertura depois de ter inserido a almofada. Ou seja, quando precisar de lavar as fronhas, ou descoso a abertura ou tenho de meter a almofada inteira na máquina. Como eu já sei que sou preguiçosa e vou optar pela segunda hipótese, pensei numa forma de não coser as almofadas umas às outras como no colchão em cima. Lembrei-me do velcro, mas optei por 3 botões de mola que unem as almofadas entre si, permitem que se dobrem facilmente para permitir uma maior arrumação e, se algum dia precisar de almofadas individuais sobressalentes, é só desabotoar.

 

Prático, não? Pois, mas este modelo tem uma desvantagem: não dá o aspecto fofinho do acolchoado e, como fica com umas aberturas entre os botões, a minha filha começou logo a gritar que já se estava a descoser... Portanto, se voltar a fazer outro, é provável que volte ao primeiro colchão. De qualquer forma, é um projecto fofinho, no mínimo!

IMG_8107.JPG

 

IMG_8110.JPG

 

IMG_8118.JPG

 

IMG_8121.JPG

 

A Manta

IMG_7888.JPG

Agora sim. Quatro meses depois da primeira aula na Retrosaria e quase dois anos depois de ter tido a ideia de fazer uma manta de retalhos, a Manta está, finalmente, pronta. Foi, sem dúvida, um projecto de amor e dedicação, com algumas frustações pelo meio e uma máquina de costura que deu os primeiros sinais de cansaço. Em retrospectiva, não hesito em dizer que a fase criativa foi a que mais me custou, a fase em que temos de escolher os tecidos e, depois de os escolher, passar à composição do desenho. Vi-me e desejei-me e amaldiçoei a minha escolha várias vezes, até que, aos poucos, tudo começou a fazer sentido e comecei a ficar satisfeita com o resultado. A parte que mais gozo me deu, curiosamente, foi coser o viés à mão. Ao contrário do que pensava, coser à mão é incrivelmente relaxante. Há um certo ritmo que nos permite divagar nos pensamentos ao mesmo tempo que vamos estando atentas aos movimentos da agulha. É coisa para se fazer ao serão, enquanto se vê uma série, mas como nem sempre tenho serões, demorou mais a terminar do que o previsto. Agora que está pronta, já só penso na próxima: a colcha para a cama da Inês que tem estado dobrada à espera que aperfeiçoasse as técnicas de acolchoamento.

IMG_4983.JPG

É uma colcha para o inverno, com um enchimento diferente, mais fofinho, que requer um pé calcador próprio para quilting, que agora já tenho. Não há desculpas, portanto.

Os padrões, quer de uma quer de outra, denotam uma certa preferência por padrões com cruzes e sinais mais, mas foi a mais pura das coincidências. Pode ser que a próxima manta, uma outra que há dias se atravessou na minha mente, venha a ter uma compleição diferente.

Ideias que me "tiram do sério"



Sair da minha zona de conforto não é só correr ou deixar de esconder a minha pequena deficiência. Há uma coisa que me deixa extremamente angustiada, mas que, em contrapartida, faz a minha filha extremamente feliz: ir à escola ler uma história aos meninos. Santo deus, só de pensar nisto fico com azia. Eu costumo dizer que não tenho jeito para crianças, só para as minhas, porque são minhas e uma pessoa perde a vergonha com os da casa. Com todas as outras crianças, chego a ter medo que se metam comigo. Isto é uma parvoíce, claro, porque as crianças não estão nem aí para a minha vergonha. E a primeira vez que fui ler uma história à sala da Inês, o ano passado, foi uma experiência fascinante. Não só consegui com que os miúdos estivessem sossegados a ouvir, como no fim eles interagiram muito bem e adoraram as fotografias de animais selvagens que levei (tinha a ver com a história e com o projecto anual). Depois até fiquei com pena de só ter ido ler a história no fim do ano lectivo e de não poder repetir, mas prometi a mim mesma que todos os anos iria à sala da Inês (e da Alice quando ela for mais velha) ler uma história aos meninos.

Este ano lectivo ainda não tinha tido coragem. O tema do projecto não tem muito a ver comigo e usei-o como desculpa para ainda não ter proposto nenhuma actividade à educadora. Mas no primeiro dia de aulas de Janeiro, ganhei coragem e sugeri à educadora ir ler uma história que não tenha a ver com o projecto. Ela aceitou (na verdade, ficou toda contente, não devem ser muitos os pais que têm tempo para ir ler uma história às 10 da manhã) e marcámos para a semana.

Confesso, estou a tremer. Não só tenho de ler uma história, como também de fazer uma actividade relacionada com a história. Mas sei que, no final, a experiência vai ser mais do que positiva, vou ficar muito satisfeita comigo, por ter conseguido, e vou deixar a Inês muito orgulhosa da sua mamã.

Então, como este ano optei pelo tema "Felicidade", pensei levar um de dois livros que tenho lido à Inês que tratam deste tema. São eles:


Depois, pensei em fazer uma actividade de desenho, pintura e colagem com eles, na qual lhes proponho que pensem no que os faz feliz (comer um gelado, ir à praia, dormir em casa dos avós, etc.), fazer um desenho alusivo e depois colar todos os desenhos numa cartolina gigante. Seria o placard da felicidade, com inúmeras sugestões. Para tirar ideias, trouxe da biblioteca um livro que ao princípio me pareceu parvo, mas agora há livros que ensinam a fazer coisas com os filhos?, mas que, ao folheá-lo, me apercebi que tem ideias muito giras para sermos uma família criativa.


Chama-se "365 actividades para fazer com os seus filhos" e, à falta de imagens no livro, há um blogue que complementa o livro. Espreitem aqui.
Encontrei imensas ideias para desenvolver o tema da felicidade, tais como o caderno das coisas boas (um pouco à semelhança do Livrinho da Gratidão), o quadro dos sonhos, o livro da minha vida, o pote das coisas de que mais gostamos, jogo do abecedário da gratidão, e imensas outras actividades de pintura e manualidades, reciclagem e jogos. Acho que não consigo retirar grande coisa para a sala de aula, mas consigo certamente retirar ideias cá para casa.. Inclusivamente, já pus a miúda em pulgas com a ideia de fazermos um caderno da felicidade com base em fotografias dela a fazer as coisas de que mais gosta. Tanto que hoje de manhã me perguntou: "Mamã, depois da escola podemos ir à loja imprimir as fotografias?"
Raça da miúda.

Calendário do Advento - DIY


O Advento começa na próxima segunda, dia 1 de Dezembro. Como tal, ainda vão a tempo de fazer o vosso próprio calendário do Advento durante o fim-de-semana. O nosso já está mais ou menos pronto, só falta um ou outro retoque que vou concluir no fim-de-semana. Tendo em conta que ia cosendo duas janelinhas por dia, até nem levou muito tempo a fazer. É bastante simples de executar, muito económico e ocupa pouco espaço. E nem é preciso ter máquina de costura. Podem fazer a mesma variante com cola especial para tecido. Vejam aqui um exemplo parecido ao meu, mas usando feltro e cola.

O que eu usei:

- Um rectângulo de feltro suficientemente largo e alto para caberem cinco quadrados de largo e cinco ao alto.
- Um pacotinho de 24 corações em feltro numerados que comprei na At Home Hobby
- 24 quadradinhos de retalhos que tinha cá por casa
- Fitas de viés decorativas com motivos natalícios que cosi nas margens superior e inferior
- Cola para tecido
- Linha ou lã para pendurar
- Fita adesiva bilateral para colar para reforçar a adesão na parede



Como fiz:

1. Cortei 24 quadrados de tecido a partir de um molde pré-feito; para não ter de fazer bainhas, cortei as margens com uma tesoura zig zag.



2. Cosi os 24 quadrados ao rectângulo de feltro, deixando a parte de cima aberta.



3. Cosi duas fitas de viés às margens superior e inferior.

3. Colei os corações aos quadrados.




4. Apliquei uma fita de linha para pendurar na parede, mas o resultado não saiu como esperado e tive de reforçar com fita adesiva com face bilateral daquelas que, dizem eles, não estraga as paredes ao retirar. Mas ainda não estou satisfeita com o resultado. Acho que com o peso das surpresas que vou colocar dentro das janelinhas, aquilo vem tudo abaixo... Sugestões?



Ainda me falta aplicar qualquer bonecada ali no espaço deixado ao lado do 24. A Inês sugeriu um Pai Natal, porque... afinal, é Natal!

Não é nada de especial, mas não tem de ser. É para uso próprio e tem todas as falhas que se esperam de alguém que foi cosendo aos poucos com uma das filhas agarrada às pernas...



E o que colocar nas janelinhas? Este ano tentei fugir aos doces e chocolates e arranjei outros artigos pequenos que coubessem nas janelinhas sem estragar a surpresa e que fossem do agrado de uma miúda super feminina de 4 anos. Assim, vou alternar um chocolate com um não chocolate, como por exemplo:
- Ganchinhos
- Elásticos para o cabelo com bonecada
- Colares ou pulseiras
- Figuras Lego
- Borrachinhas com formatos engraçados
- Um bloco de post-its em forma de coração para ela ir colando bilhetinhos pela casa
- Plasticina (mas essa não cabe...)
- Um batom de brilhantes próprio para a idade
- Autocolantes

É claro que isto são só algumas ideias. Consoante a criança que tiverem em casa, podem lembrar-se de outras coisas. E por essa Internet fora há imensas ideias, como estas. Pessoalmente, gostava que um dia alguém se lembrasse de me fazer este calendário de Natal. Just sayin...

E agora vá, seus preguiçosos, toca a pôr mãos à obra este fim-de-semana! E... bom Advento!

Coisas de vestir feitas à mão - Poncho em crochet

Nunca pensei ficar contente por ter chegado o frio, mas ontem vesti pela primeira vez o meu primeiro poncho feito à mão, que é também a primeira peça acabada e rematada que já fiz em crochet.


A satisfação de vestir uma coisa feita por nós é enorme e este poncho é tão fácil de confeccionar que qualquer estreante em crochet o pode fazer. Baseei-me neste modelo de um revista de crochet (quem quiser pode pedir-me a receita do modelo),


mas achei as explicações muito confusas e decidi simplificar a coisa. Foi mesmo muito simples de fazer e com a escolha da lã adequada e de cores bonitas fica uma peça bem gira.

Quanto à lã, comprei dois novelos de cada cor da Schachenmayr Boston, mas isto foi porque a comprei antes de fazer o workshop de tricot com a Rosa Pomar e saber tudo sobre as várias lãs portuguesas 100% de algodão, fiadas e tingidas por processos artesanais e obtidas de ovelhas bem portuguesas que andam soltas, felizes e são tosquiadas por processos que não as magoam, que há à venda na Retrosaria (exemplos: Beiroa, João, Zagal...). A lã que comprei antes de saber isto tudo é alemã, 70 % de acrílico, feita sabe-se lá onde (sabiam que a nossa marca Rosários manda vir a lã da Nova Zelândia? ah pois...) e sabe-se lá de que ovelhas tristes e mal tratadas. Mas isso sou eu que ligo a estas coisas. De qualquer maneira, precisam de, pelo menos, 100 gr para o tamanho M.

A receita é mais ou menos assim:

1. Façam um círculo de correntes que caiba na vossa cabeça (no meu caso, fiz cento e tal, mas como não anotei, já não me lembro...), prendam na primeira corrente com um ponto baixo. Convém ser múltiplos de quatro, um número par, portanto, para bater certo e conseguirem uma assimetria entre a parte da frente e a parte de trás.
2. 1.ª volta: façam a seguinte sequência: 1 pau em cada um dos 3 pontos seguintes, 1 corrente e salta um ponto, consecutivamente até ao fim. Deverão terminar com uma corrente a unir ao primeiro pau que fizeram. Portanto: 3 paus em 3 pontos, respectivamente, 1 corrente e salta um ponto (são 4 pontos no total, 4 pontos da corrente anterior).
3. 2.ª volta: no primeiro espaço de corrente da volta anterior, façam 3 paus. Depois, uma corrente e novamente 3 paus no espaço de corrente anterior. E assim sucessivamente até chegarem ao ponto onde querem fazer os aumentos, atrás e à frente (tem de ser simétrico). Aí têm de fazer um aumento: 3 paus + 1 corrente + 3 paus no mesmo espaço de corrente. Fazem isto duas vezes, atrás e à frente. Faz uma espécie de V.
Não sei se me consigo explicar bem, não estou nada habituada a ensinar crochet, mas espero que dê para perceber melhor por esta foto:


4. Para as restantes voltas, ir trocando de cor e fazer sempre o mesmo processo descrito em 3. Usei 6 cores que alternei a partir de uma sequência definida. O rosa é a cor predominante que serviu para o decote e o cós. O tamanho é a gosto. No meu caso, fiz 4 sequências de cores + 1 volta, portanto 25 voltas, começando e terminando com o rosa.

5. No cós fiz um picô de pontos duplos e baixos e no decote fiz uma espécie de canal para passar uma trança de fio rosa para acomodar melhor ao decote, mas que é perfeitamente dispensável se fizerem o decote à vossa medida, sem ficar demasiado largo.

6. No final, para rematar as pontas, usem de toda a vossa paciência, munam-se de um copo de vinho ou aluguem mãos alheias. É que rematar pontas é mesmo a parte pior.

Ah, já me esquecia: usei uma agulha 8!




Entretanto, não resisti e já comecei a fazer um igual para a Inês, com a lã que sobrou e outras cores mais infantis. Para o tamanho de 4 anos, fiz 64 malhas para o círculo do decote.



Entretanto, já decidi que a Alice também merece, coitada, mas como ainda é bebé vai ser com a lã João, daqui, 100% de lã  e 100% portuguesa, e umas cores tão doces que vou querer estar sempre a apertá-la.

Quem quiser ir acompanhando este projecto, ou simplesmente para cuscar a minha vida, podem ir ao meu Instagram que lá levantei a censura.

Missão "Adeus parede!"

Isto foi o resultado de uma ideia filha da mãe que tive para a festa que demos este sábado na nossa em breve "casa nova". Esqueci-me de pôr a tocar a playlist que passei uma semana a compor, é certo, mas não me esqueci das tintas, dos pincéis, dos marcadores e das t-shirts velhas para os miúdos poderem dar azo à criatividade! Durante 40 minutos, uma simples parede branca, que vai ser deitada abaixo em breve, foi o centro das atenções de miúdos e graúdos.

O resultado não ficou nada de espectacular (quando os miúdos se põem a misturar as tintas, as cores resultantes não costumam variar muito do acastanhado e aquela mancha ali no meio.... bom...), mas foi bastante divertido e agora funciona como um lembrete constante e bem visível de que temos mesmo de avançar com as obras!

Houve até direito a algumas revelações criativas, como o pequeno G. que fez toda a gente rir com os seus tiques de mini-Picasso. Afinal, não é preciso muito para deixar as crianças serem crianças. Mas, até elas se esquecerem, é melhor esconderem as canetas em vossa casa que não quero ser responsável por remodelações forçadas...