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Bolas de Berlim... sem creme

Um blogue que não é de culinária (apesar de ter algumas receitas)

Bolas de Berlim... sem creme

Um blogue que não é de culinária (apesar de ter algumas receitas)

Saquinho de gomas (ou como dar um péssimo exemplo de parentalidade)

Há três dias que a Alice se mudou para o quarto da irmã. A primeira noite correu bem. A segunda noite foi assim algo entre o terrível e o horrível. Na terceira noite subornei a mais velha com um saco de gomas se não acordasse a irmã. Foi um daqueles momentos em que, assim que formulei o pensamento, percebi que era uma grande burrice, mas isso não me demoveu de a cometer. Sai, portanto, um saco de gomas hoje à tarde. E à noite acho que vou rezar ao senhor para me dar discernimento.

E me enviar tampões de ouvidos mais fortes pelo correio celestial expresso.

É só uma fase

Em circunstância alguma me arrependi alguma vez de ter tido as minhas filhas. Não quando estão doentes e me obrigam a faltar ao trabalho, não ao revolucionarem a minha vida social, não ao contribuírem para o meu cansaço generalizado, não ao me darem mamas de velha, viroses ou até mesmo piolhos. Mas esta noite, enquanto, pela terceira vez, me sentei à beira da cama da Inês, desassossegada pelos gritos, sem saber se devia acordá-la à força do pesadelo ou não, sem perceber se aquele choro iria extrapolar para um terror nocturno a que nos tem vindo a habituar desde Dezembro, já sem dedos das mãos para contar as noites de merda desde que veio de férias com os avós e com a paciência presa por um fio, a invejar a "sorte" do pai dela que pode ficar sempre na cama porque ela só me quer a mim, houve ali um breve momento, uns milissegundos em que me perguntei oh, mas porquê, mas por que é que eu tive filhos? Depois repeti três vezes para mim própria "isto é só uma fase, isto é só uma fase, isto é só uma fase", segurei-lhe a mão e esperei que parasse de gemer para eu voltar, pé ante pé, à minha cama, espreitar a outra a quem os pesadelos ainda tardarão a chegar e readormecer com relativa facilidade.

Humor de mãe*

Eu já disse várias vezes que a fase dos três anos estava a ser a mais difícil, um poço de desafios, birras, recusa em comer, noites difíceis, you name it.
Felizmente as coisas acalmaram bastante. Não sei se foi o facto de a mais velha ter percebido que a mais nova não lhe roubou o lugar (e que bem que elas se dão), se simplesmente ela percebeu quem é que manda aqui, se é a chegada do calor e dos dias longos que torna tudo mais fácil, a verdade é que as coisas melhoraram bastante. É claro que continua a fazer das suas, mas se não fizesse seria de estranhar... No entanto, acho que posso afirmar que estamos a sair da fase má para entrar numa nova fase.
A fase do... cocó!

Se não, vejamos: não há dia nesta casa em que não se use a palavra cocó nas mais variadas e inesperadas ocasiões. Por exemplo:

- Qual é a tua comida preferida?
- Carninha com massinha e... cocó!

(A brincar aos restaurantes)
- Que gelados tem?
- Tenho gelado de morango, de kiwi e de cocó!

- Estes sapatos já não te servem, pois não?
- Não, e cheiram a cocó!

Tenho a certeza que será uma fase normal. De qualquer maneira, ontem entrei na brincadeira e, quando me falou em cocó a meio de uma conversa que metia comida, propus-lhe, da próxima vez, pôr o seu cocó numa marinada de mostarda, cozinhá-lo e servi-lo ao jantar com batatinhas fritas. Olhou para mim como se eu fosse louca, fez um esgar de nojo e depois disse:

- Mamã, eu estava só a brincar!

Afinal eu não percebo mesmo nada.



* título não roubado ao livro, porque não tem mesmo nada a ver.

São todos assim, mas podiam não ser

A maior parte dos pais quer que os seus filhos sejam iguais aos filhos dos outros, no sentido de apresentarem mais ou menos os mesmos padrões de desenvolvimento e comportamentais das outras crianças que é para ter a certeza que está tudo como deve estar: dentes aos seis meses, andar aos doze, conhecer um determinado número de palavras aos dezoito e conseguir desenhar a figura humana algures antes dos três. Tudo o que sai de determinados padrões causa ansiedade aos pais que temem que o seu filho apresente algum atraso no desenvolvimento. Ser diferente só se for para ser mais inteligente.
Isto, claro, sou eu a generalizar. Nunca me preocupei demasiado com patamares. É bom saber que eles estão a desenvolver-se bem, mas também é desejável que, a determinada altura, se comecem a distinguir dos outros miúdos e a apresentar sinais característicos de uma personalidade vincada que não segue a carneirada. Mas há uma coisa em especial em que eu, e tenho a certeza que todos os pais do mundo, gostava que as minhas filhas fossem diferentes de todos os outros miúdos: que ao fim de semana nos deixassem dormir até uma hora que não se aproximasse tanto da madrugada... Durante a semana é tão difícil acordar a mais velha para ir para a escola, mas ao fim de semana às sete da manhã parece ela que tomou uma injecção de adrenalina. São todos assim, dir-me-ão. Isso, desta vez, não me serve de grande consolo...

Este post também se podia chamar "Injustiças desta vida".

Entre pais e filhos não se mete a colher. Ou mete?

Anda aí uma nova polémica lançada pelo blogue Pais de Quatro na sequência da entrevista ao pediatra espanhol Carlos González pelo Observador. Tenho seguido o assunto com atenção e lido todos os posts relacionados (são como as cerejas!) de que tenho vindo a ter conhecimento e até já fui agraciada com uma menção honrosa a um comentário meu no Pais de Quatro. 
Este é um assunto que me interessa bastante e com o qual me tenho vindo a debater ao longo da minha ainda curta experiência de mãe. Cresci com palmadas e castigos e, se durante toda a minha vida sempre disse que não fiquei traumatizada por isso, a verdade é que dar uma palmada é coisa que me incomoda e não me pareça que o castigo seja solução a longo prazo. No entanto, também não concordo com as teorias do co-sleeping, da amamentação prolongada e do embalar o bebé até adormecer (por sistema ou em bebés com mais idade). Por outro lado, também acho um disparate aqueles pais que refreiam os seus instintos e têm medo de dar colo a um bebé para ele não criar manha. Um recém-nascido não nasce já a "sabê-la toda". Ele só quer calor e conforto, tal como tinha no útero da mãe, e, mais tarde, com 3 ou 4 meses, e mesmo depois, quando eles aprendem que a mãe aparece se eles chorarem, também não é manha, é puro instinto de sobrevivência. 

Traduzido em miúdos, o João Miguel Tavares passou-se com as teorias do pediatra Carlos González, que ele designa como "parentalidade cutchi-cutchi" e apresenta uma série de argumentos contra, com base apenas na entrevista e não nos livros do pediatra, é preciso notar. Os vários posts dele fizeram furor (este é pertinente, com algum humor, e o último e em tom mais sério é este, mas é só pesquisar os outros mais para trás). Concordo com ele em parte, mas a verdade é que a existência de uma pessoa com as ideias do Carlos González me tranquiliza. Não preciso que me digam que tenho de dar muito amor às minhas filhas, mas preciso que me vão lembrando de quando em vez que tenho de ter mais paciência, que ela (a mais velha, porque a bebé não entra ainda na equação) ainda é só uma criança e que as rotinas dos adultos não são compatíveis com o mundo que vai na sua cabecinha e eu não posso exigir dela mais do que ela me consegue dar do alto dos seus três anos e meio. Às vezes, na inflexibilidade do dia-a-dia, é fácil esquecermo-nos disto. E é nessas alturas que tenho de parar, respirar fundo e deixá-la ser a criança que é. No entanto, com regras bem definidas, como ressalva tão bem a Mum´s the Boss. Afinal, estamos a educar seres humanos para viver em sociedade e não serem selvagens ou meninos mimados que ninguém suporta. Como em tudo, é preciso encontrar o meio termo. E é essa a busca incessante que faço dentro de mim.
Um poço sem fundo, é o que é.

Agora que penso nisso, a culpa foi do queijo

Depois do pesadelo da noite de ontem, cujo total de horas dormidas não deve ter ultrapassado as três, quando hoje acordei às duas e meia da manhã, depois de estar a dormir há 3 horas sem interrupções, senti-me profundamente feliz e afortunada. Dormir 3 horas sem interrupções é, desde há várias noites, uma bênção dos deuses. Como sempre que acordo feliz e recuperada me costuma dar a fome, antes de voltar ao quarto ainda passei pelo frigorífico e roubei uma fatia de queijo que é daquelas coisas que gosto de comer no escuro (whatever).

Tivesse eu sabido o que me esperava no quarto e tinha-me demorado um pouco mais à porta do frigorífico. Entre amamentar a Alice e perceber que o motivo por que ela não conseguia voltar a adormecer era fome (maminhas já viram melhores dias) passaram três horas, (caso não tenham percebido: 3 horas), durante as quais houve tempo ainda para acudir à mais velha, que acabou por se vir enrolar na nossa cama, e adormecer a mais nova ao colo, tal era já o desespero. Quando voltei a adormecer, já perto das seis, ainda levei com uma série de pontapés da mais velha para acordar com o despertador pouco depois e não acreditar muito bem no que me estava a acontecer. Só acreditei quando me olhei ao espelho e percebi que, no lugar da cabeça, tinha uma grande e redonda bola de râguebi. Ou qualquer outra coisa de forma e tamanho semelhantes.

Mães com sentido de humor (e ainda o Dia Mundial do Livro)

Acontece-me sempre que tenho filhos (até parece que já tive uns quatro...). Logo nos meses a seguir ao nascimento, consigo manter mais ou menos os hábitos de leitura, aproveitando o tempo em que dormem ou mamam. Mas por volta do quarto ou quinto mês, tendo a adormecer à segunda página, perco o fio à meada, pego noutro livro, volto a perder o fio à meada, às tantas já ando a ler quatro ou cinco livros ao mesmo tempo e acabo por não ler nenhum.

Desta vez, por ter um telemóvel daqueles inteligentes que faz tudo menos fritar batatas, o telemóvel acaba por ser a minha grande companhia quando tenho de dar de mamar a meio da noite. Podia ler livros no telefone, podia, mas acabei por substituir a leitura de livros pela leitura de blogues, não só aqueles que sigo diariamente, como até mesmo a leitura integral de alguns (poucos) blogues que me fascinaram ao ponto de querer descobrir o que se escondia nos arquivos.

Li na íntegra uns quantos desses blogues, maioritariamente blogues de mães como eu para quem a maternidade não é um quadro cor-de-rosa cheio de fofos e folhos, mas sim uma realidade dura que nos cansa e enche de culpa, mas também nos recompensa com aqueles momentos de ternura e auto-realização que nos marejariam os olhos de lágrimas se fôssemos do tipo romântico. Daí que, nos últimos cinco meses, a meio da noite, enquanto vocês dormem, eu ando a investigar os arquivos dos blogues do outros, familiarizando-me com as autoras desses blogues e as suas famílias como se de personagens literárias se tratassem. Não as conhecendo pessoalmente, resta-me imaginar como serão os seus gestos no dia a dia, a sua voz, as suas roupas, a forma como fazem festinhas ou gritam com os filhos.

Foi mais ou menos assim que fui dar ao blogue da Inês Teotónio Pereira, um blogue divertido sobre as aventuras de ser mãe de seis filhos (sim, seis!), e ao seu livro Humor de Mãe. Mesmo que algumas das suas ideias de direita sobre o aborto, a co-adopção e outras que tais estejam em extremos opostos das minhas, divirto-me muito com a maneira irónica como escreve sobre a maternidade e revejo-me bastante em alguns pontos. Foi este o livro que comprei ontem (porque a Feira do Livro ainda tarda) e é esta a recomendação que deixo aqui para o Dia Mundial do Livro. Por doze euros (e uma capa que faz lembrar a vaselina Couto!), vale a pena dar algumas gargalhadas e pensar que não estamos sós nesta dicotomia de amarmos os nossos filhos, mas às vezes já não os podermos ver pela frente.

Aqui um pequeno excerto.

O importante é não perder a compostura

No fim-de-semana passado fui a um baptizado e levei uns sapatos de salto que, não sendo muito altos, a meio da tarde já me provocavam um desconforto tal que nem conseguia descer escadas sem parecer uma atrasada mental.
Foi assim, nesta tormenta, que levei a Alice ao piso inferior para lhe mudar a fralda. Sem elevador, as escadas de acesso eram bastante íngremes para o meu sapatinho de donzela e, muito pouco habituada a estas andanças, comecei a descer as escadas uma a uma, tentando equilibrar-me com a bebé meio deitada num braço e o fraldário na outra mão. Lá em baixo vinha uma outra mãe, daquelas que fica logo linda e vaporosa depois de sair da maternidade, com um corte de cabelo todo fashion e óculos escuros à diva, a subir as escadas tal qual uma pluma de pavão (já tinha reparado nela e proferido interiormente uns quantos nomes feios).
Ora eu, que gosto pouco de fazer figura de anormal, achei que não lhe iria ficar atrás, mesmo que não me tivesse penteado para o evento, muito menos aquela coisa do vaporoso, e resolvi descer também eu as escadas qual pluma no ar, leve como uma donzela e sem ter de olhar para baixo porque "saltos é o meu nome do meio"!
Esqueci-me foi que levava uma bebé nos braços e que as escadas tinham um corrimão à altura do meu cotovelo. Na verdade, eu não me esqueci. Na verdade, eu suava por dentro a tentar equilibrar-me sem deixar cair nada, fraldas ou bebé, mas tão focada em não deixar cair nada acabei por me esquecer de afastar a cabeça da Alice da parede.
E foi então que o inevitável aconteceu. Ao dar balanço para descer as escadas sem parecer uma anormal  (percebo agora que não me saí bem), dei com a cabeça da Alice no corrimão. 

Esta é a parte em que vocês esperam que eu diga que parei imediatamente de descer, examinei a cabeça da piquena e a acalmei, alheia a tudo o resto. A história acabava aqui com uma boa lição de moral, certo? 
Errado.

Houve aqueles dois segundos de espera entre bater com a cabeça e começar a chorar. Foram dois segundos de profunda esperança. Esperança de que ela não se tivesse aleijado a sério, mas, principalmente, que ninguém tivesse dado por nada, sobretudo a lambisgóia de penteado fashion! Foram dois segundos em que ainda consegui descer mais um degrau como se nada fosse, a tentar equilibrar-me sem deixar cair nada e a cerrar os dentes com aquele sorriso amarelo não-se-passa-nada.

A lambisgóia, provavelmente, não devia estar a acreditar na negligência que acabara de testemunhar, pois ainda parou a meio das escadas, talvez com a intenção de me avisar "Olhe que a sua bebé bateu com a cabeça...". Mas eu, como se nada fosse, achei por bem nem dar pela sua presença e fingir-me surpreendida quando a Alice, por fim, abriu a goela. 
- Oh, bebé, o que foi bebé? Tem a fraldinha cheia, tem?

A lambisgóia seguiu caminho e eu, quando cheguei lá abaixo, ainda encontrei uma amiga à porta da casa-de-banho a quem confidenciei, com o ar mais natural do mundo:

- Nem sabes, acho que acabei de dar com a cabeça da Alice no corrimão...




* Para que conste, está tudo bem com a Alice. E, até a lambisgóia se ir embora com o seu rebento-capa-de-revista, fui muito bem-sucedida em escapar-me da sua vista.

Dos segundos [versão actualizada]



A propósito deste artigo da Up To Lisbon Kids sobre ter um terceiro filho, e eu que (ainda só) vou no segundo, vai  não vai lembro-me de algumas diferenças sobre a forma como as minhas duas foram/são recebidas neste mundo.

Começando pela diferença abismal do número de visitas no hospital e em casa na era do puerpério (salvo os avós e dois casais amigos, a Alice foi praticamente ignorada por toda a gente) e do tipo de prendas que recebemos para ambas (enquanto a primeira recebeu desde roupa a brinquedos, linhas completas de cosméticos e banheiras, a segunda foi corrida a rocas...), a Alice leva com todos os brinquedos e roupas usadas da irmã e é se quer. As roupas ainda as lavei antes de as usar. Mas os brinquedos foram directamente da caixa onde estavam guardados há dois anos para a boca dela. Nem vale a pena dizer que, quando foi da Inês, esterilizava tudo e um par de botas. Pelo menos até perceber que não era preciso cair em exageros.
O tipo de fraldas usado também sofreu uma grande alteração. Na verdade a marca nem importa. O que importa é a promoção. Só sou esquisita com as toalhitas, que compro na farmácia, mas de resto a mais nova é muito pouco dada a frescuras. Tanto que, à força de ter a mais velha para deitar, ler a história e o diabo a sete, a Alice aprendeu a adormecer sozinha bem cedo.

Isto são as coisas óbvias.

Depois há aquelas nuances da segunda maternidade mais relaxada como quando saio à rua sem fraldas nem toalhitas, a miúda bolça e eu limpo com o que está mais à mão: a écharpe. Assim como assim, ando sempre despenteada, com nódoas de bolçado e a cheirar a papas e leite azedo.
Sim, porque há coisas que nunca mudam.

A pior mãe do mundo

Estava tudo pronto para sairmos de casa quando virei costas para ir buscar a chucha da Alice. Três segundos depois, ouvi-as cair, uma em cima da outra, a Inês no chão e o carrinho virado de pernas para o ar, com a Alice lá dentro. Dizer que o meu coração parou é um eufemismo. Soltei um grito que não sei de onde veio e, depois de verificar que a Alice estava bem, apesar do susto, zanguei-me. Zanguei-me muito. Zanguei-me tanto que fiquei feita em frangalhos. Apesar de saber que uma criança de três anos não tem consciência do que pode acontecer quando se debruça e tenta subir para um carrinho de bebé com um bebé lá dentro, a soma das vezes que já a tínhamos alertado para isso acabou por me toldar o sentido de justiça e a capacidade de não exigir da mais velha atitudes de pessoa crescida.
O resto do dia correu mal. Foi mesmo o pior dia de maternidade da minha vida. Correu tão mal, do princípio ao fim, que fui para a cama certa de que não só era muito pior mãe do que julgava ser, como era até mesmo uma péssima mãe.

Foi por isso que muito me surpreendeu ter chegado hoje de tarde à escola e ter visto, exposto na parede, o desenho da minha filha alusivo ao Dia do Livro Infantil. Fora pedido às crianças que ilustrassem um conto que tinham ouvido (ou um dos contos preferidos, não percebi bem, tantas eram as interpretações das crianças). E ela escolheu desenhar-me a mim. 


Não sei se primeiro veio a vontade de chorar se a de me açoitar e colocar um cilício, se foi tudo junto. No dia a seguir ao filme "A minha mãe é uma bruxa", a minha filha optou por desenhar-me a mim, a sua personagem preferida, em vez de ser fiel ao guião proposto. 

E eu pensei, poças, pá, alguma coisa hás-de estar a fazer bem.


* Entretanto, o dia hoje correu melhor.