Ele há gente muito estranha
- Desculpe, o seu nome é...?
- É o que lá está - respondi, a apontar para o cartão.
- É mesmo assim?
- É o que lá está - a tentar não pôr a cara de poucos amigos.
- Não se enganaram?
Já com a cara de poucos amigos, controlo um suspiro de impaciência e respondo ainda educadamente:
- Não.
- E a sua profissão? Diz aqui tradutora?? - e faz uma cara muito espantada.
- Sim...
- A sério?? É mesmo?? Tradutora??
- Sim...
Volto a respirar fundo, uma, duas, três vezes, enquanto a senhora vira e revira o meu cartão de cliente, como se algo não batesse certo. Não aguento e pergunto, quando a oiço lançar um gemido de exclamação:
- Mas isso é assim tão estranho?
- Ah... não. É que nunca tinha conhecido nenhum tradutor. Não há muitos, sabe?
E assim se cria um mito.
- É o que lá está - respondi, a apontar para o cartão.
- É mesmo assim?
- É o que lá está - a tentar não pôr a cara de poucos amigos.
- Não se enganaram?
Já com a cara de poucos amigos, controlo um suspiro de impaciência e respondo ainda educadamente:
- Não.
- E a sua profissão? Diz aqui tradutora?? - e faz uma cara muito espantada.
- Sim...
- A sério?? É mesmo?? Tradutora??
- Sim...
Volto a respirar fundo, uma, duas, três vezes, enquanto a senhora vira e revira o meu cartão de cliente, como se algo não batesse certo. Não aguento e pergunto, quando a oiço lançar um gemido de exclamação:
- Mas isso é assim tão estranho?
- Ah... não. É que nunca tinha conhecido nenhum tradutor. Não há muitos, sabe?
E assim se cria um mito.