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Bolas de Berlim... sem creme

Um blogue que não é de culinária (apesar de ter algumas receitas)

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"Esquenência"

Cresci a ouvir o meu pai usar o termo "esquenência" sempre que eu deixava um bocadinho de comida no prato, daqueles bocadinhos tão poucos que, usando uma expressão popular, mal cabiam na cova de um dente. Desconhecendo que tal palavra não existia, nunca me questionei acerca da sua origem e usava-a esporadicamente para me referir a algo tão diminuto que só havia uma palavra que lhe fazia jus ao tamanho: "esquenência". Só há pouco tempo é que, de facto, me apercebi que a palavra não existia. Nem sei se se trata de algum regionalismo (o mais provável) ou simplesmente de alguma palavra inventada pela necessidade de identificar aquilo que é tão pequeno, mas tão pequeno, que chega a ser ridículo. Na verdade, acho que essa palavra devia constar do dicionário. Ao longo da minha vida sempre encontrei exemplos típicos de esquenências e agora, a entrar (hoje!) no oitavo mês de gravidez (urra!), não encontro melhor termo para designar a minha bexiga, em comparação com tudo o resto. A minha bexiga é uma esquenência e não venha nenhum linguista acusar-me de incorrecção morfológica. Olhem lá bem para o tamanho da bexiga de uma mulher grávida, em cujo corpo tudo aumenta e dilata menos a bexiga, contem as vezes que vamos aflitas para a casa de banho de 20 em 20 minutos como se a bexiga fosse rebentar (e depois só fazemos três pingos), e vejam lá se me arranjam melhor termo! Ah, pois é!


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