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Bolas de Berlim... sem creme

Um blogue que não é de culinária (apesar de ter algumas receitas)

Bolas de Berlim... sem creme

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Upcycling de roupa

Volto a falar em roupa. Desta vez não se trata de roupa nova, mas sim de roupa usada, velha, em mau estado, fora de moda. O que fazer com os trapos?

Deitar fora, simplesmente por deitar, está fora de questão por todo o impacte ambiental que isso acarreta.

Durante muito tempo, costumava vender a roupa em bom estado mas que ou já não me servia ou já não queria. Há várias lojas de roupa em segunda mão que compram a nossa roupa, havia uma em Algés e agora há uma em Sesimbra. Não era pelo dinheiro que rendia, porque não rendia nada. Quando eu digo nada, é mesmo nada. Quase nem dá para ir à Zara comprar um trapo novo feito no Bangladesh...

Fazia-o para dar uma segunda oportunidade à roupa que ainda estava boa. Mas a trabalheira que me dava lavar a roupa, passá-la a ferro, ir à loja e voltar lá dali a poucos meses buscar a roupa que não foi vendida, pois a venda é à consignação, e acabar por deitá-la no contentor da Humana, não compensava o esforço. Passei, assim, a deitar a roupa logo no contentor da Humana.

Mas depois de ver naquele documentário de que vos falei no post anterior o que acontece à roupa que doamos (mesmo tratando-se no filme do universo americano, nada me garante que as roupas que eu doo têm o destino que eu acho que deviam ter), decidi mudar de estratégia: reutilizar ou reaproveitar roupa. Em inglês, o termo upcycle designa o processo de converter artigos velhos ou inutilizados em artigos úteis e, por vezes, ainda mais bonitos.

E foi assim que fui repescar duas peças de roupa da Inês, um casaco e umas calças, que tinham nódoas impossíveis de limpar (tentei tudo ou, bom, quase tudo). O casaco ficou com as mangas inutilizadas e as calças tinham uma das pernas com uma grande mancha de qualquer coisa indecifrável - seria cola??

Em vez de os deitar fora, cortei as partes com mancha e transformei-os em peças úteis e quase novas.

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 O antes: manga com uma mistura de nódoa de chocolate e bolor...

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 O depois: um casaco novamente branco.

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No caso deste casaco, nem é preciso saber costurar, pois dá para fazer tudo à mão: cortei as mangas e cosi uma fita de renda em toda a volta. Tão simples e ficou logo com outro ar. 

 

No caso das calças, não há foto do antes, mas o depois ficou bem giro, muito ao estilo que a Inês gosta. Tem brilhantes? Então visto!

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Depois de fazer a bainha, usei a mesma fita de renda do casaco e colei umas pedras brilhantes com uma pistola de cola quente. E ela adorou, mesmo achando que tinha poucos brilhantes...

 

No passado, já aqui dei outras ideias para reaproveitar roupa velha: meias, remendos em crochet, camisas de homem, decotes de t-shirts e dar graça a t-shirts sem graça.

Fazer leite vegetal caseiro

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No outro dia tivemos uns amigos cá em casa para o nosso "brunch de bom ano". Cozinhámos umas coisas de pequeno-almoço, almoço e até jantar, porque os bons amigos nunca têm pressa de ir embora, nem nós queremos que eles vão...

Entre as iguarias para o pequeno-almoço feitas por nós estavam granola e bebida de aveia caseiras. As pessoas arregalam sempre os olhos quando eu digo que cá em casa fazemos a nossa própria granola e os nossos próprios leites, mas a verdade é que fazer granola ou bebida de aveia (ou outra bebida vegetal) não é aquele bicho de sete cabeças que toda a gente pensa que é. Eu própria achava que era demasiado complicado, que envolvia demasiados utensílios esquisitos e conhecimentos profundos de cozinha que eu não tenho, mas estava enganada.

Fazer leite de aveia é a coisa mais fácil do mundo. À exceção do leite de arroz, que parece que tem de ir a cozer (ainda não experimentei), é só deixar o cereal ou os frutos secos a demolhar em água de um dia para o outro, triturar e coar.

É claro que, ainda assim, isto dá mais trabalho do que ir ao supermercado e comprar um pacote. Mas para quem, como nós, não bebe leite de vaca, o consumo de bebidas vegetais fica caro, rondando mais de 2€ por pacote, dependendo se for biológico ou não. Não costumamos comprar leite de soja, pela elevada probabilidade de ser transgénico, nem as marcas mais baratas à venda nas grandes superfícies pelo alto teor de açúcar que costumam ter. Preferimos leite de arroz, porque é o que tem menos açúcar, e marcas biológicas, pelas razões óbvias da não utilização de químicos, mas tentamos ir variando entre leite de arroz, aveia, avelã e espelta. Mas isto sai caro, como já disse. E foi esta a principal razão que nos levou a experimentar fazer leite de aveia em casa. E, desde então, não voltámos a comprar mais leite de pacote!

 

Vantagens em fazer bebidas vegetais em casa:

- Fica mais barato. Por exemplo, no Continente um pacote de 400 gr. de flocos de aveia custa 2,59€ e, de acordo com a minha experiência, dá para fazer 4 litros de leite. Se tivermos em conta que 1 litro de bebida de aveia da ALPRO, que é uma marca boa, custa 2,59€, estamos a poupar 7,77€!

- É mais saudável, porque somos nós que controlamos a quantidade de açúcar que adicionamos.

Convenhamos, leite de aveia não açucarado sabe a papel. E um alimento saudável não tem de ser sensaborão! Podemos adoçar a bebida de forma mais ou menos saudável, usando mel, geleia de arroz, xarope de açer, agave, stevia ou tâmaras. As minhas preferidas são as tâmaras, que são um adoçante natural bastante saudável. Uma embalagem de tâmaras secas descaroçadas (as recomendadas são as Medjool) anda à volta dos 2€ e dá para 4 litros de leite.

- Torna-nos mais independentes da sociedade de consumo que nos diz o que devemos fazer (mas isto é a minha veia Fuck Society e não vos quero dar sermões, pensem nisso, é só isso).

 

Material necessário

Um àparte: confesso que nunca sei como lhe chamar: leite ou bebida vegetal. Se não é correcto chamar-lhe leite, porque o leite vem de um animal, também me soa estranho chamar-lhe bebida, porque o uso em substituição do leite e tem um aspecto muito similar. Por isso, neste post optei por ir alternando a designação: leite ou bebida vegetal.

 

E do que precisam para fazer leite vegetal em casa?

Para além das coisas óbvias como os cereais/frutos secos, água, um recipiente para os demolhar e uma liquidificadora/robot de cozinha ou varinha mágica, convém arranjarem um pano de musselina ou um pano para coar queijo. Nós usamos um destes que mandámos vir (nem foi com este propósito), mas acredito que qualquer musselina sirva. Há outros panos bons à venda na eBay, como este. Como veem, não é caro.

 

Como fazer

É muito fácil. Depois de várias tentativas, cheguei à receita ideal do nosso leite de aveia:

 

100 gr de flocos de aveia para 1 litro de água

5 tâmaras 

 

Colocar tudo num recipiente e deixar de molho no frio durante a noite (ou, no mínimo, seis horas).

Depois passar/triturar bem e coar com o tal pano de musselina ou de queijo. Aqui têm de ter alguma paciência e ir espremendo o pano com as mãos até ficarem com uma pasta seca dentro do pano. O líquido que resultou é o vosso leite! 

 

Como já usámos tâmaras, não precisam de adoçar mais, mas nesta fase podem ainda acrescentar um adoçante a gosto. Para nós, esta proporção de aveia/água/tâmaras é perfeita. As miúdas também gostam e, como o bebem com os cereais, acho que nem sentem a diferença!

 

Dica: não precisam de deitar a pasta de aveia coada fora. Podem usá-la nas papas de aveia, desidratar para fazer farinha de aveia ou inventar um exfoliante natural de aveia juntando óleo de amêndoas doces, por exemplo. A pele fica super macia, acreditem em mim!

 

No outro dia, fiz leite de amêndoa, com amêndoas sem pele, mas não gostámos muito. O processo é o mesmo, mas desconfio que as amêndoas não eram da melhor qualidade e o leite ficou com um certo sabor a ranço. Vou continuar a fazer experiências, sabendo que tenho aquela receita-base do leite de aveia que resulta sempre!

 

Conservação do leite

Lá por não ser leite de vaca, não quer dizer que se estrague menos. Pelo contrário, devem ter os mesmos cuidados do que têm com o leite de vaca: guardar no frio e consumir no espaço de 4 dias. De qualquer foram, notam logo se o leite estiver estragado, também já testámos, ainda que sem querer...

 

Se não acreditam em mim, vejam o que o Jamie Oliver tem a dizer. A versão que está no último livro dele Receitas Saudáveis é muito parecida com a minha ;)

 

Agora fica a faltar a receita da granola!

Gola em crochet

Um destes dia vi uma mulher com uma gola em crochet feita com granny squares. Era em tons de verde, creme e castanho e era lindíssima. Pensei imediatamente "Quero uma igual". Não pensei em ir à procura de uma igual nas lojas, porque 1) já sabia que não ia encontrar, ou muito dificilmente, e 2) é uma coisa que eu consigo fazer, por isso só se ficasse sem mãos é que iria procurar uma de compra. Querer é poder ou, neste caso, saber fazer é poder.

 

E foi assim que, aproveitando que deu o badagaio à máquina de costura pela terceira vez este ano (nada que uma boa limpeza no interior e umas gotas de óleo não resolvessem temporariamente, mas ainda assim), comecei a fazer a gola durante os serões, enquanto víamos uma série. Confesso, fiz tudo um bocado de cabeça. Não há receita, portanto. Escolhi as cores que tinha cá por casa (não havia verde) e fui fazendo os quadrados e experimentando à volta do pescoço. Quando achei que estava bom, comecei a uni-los e fiz a segunda fila. São 6 quadrados em cada fila, duas filas. Usei uma agulha 3,5 mm, o que quer dizer que, em função da linha, podem usar uma agulha maior para dar uma textura mais grossa e, assim, fazer menos quadrados. É ir experimentando.

 

Isto só prova que não é preciso ter projectos difíceis e longos com materiais xpto e receitas difíceis de decifrar para usarmos peças feitas por nós. E assim vou adiando a questão das prendas de Natal...

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Advento

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Nunca me lembro das coisas a tempo. Queria ter falado sobre o nosso calendário do advento já há uns dias, para vos motivar a fazer o vosso em vez de comprarem aqueles de cartão com chocolates (que não tem mal nenhum, eu também meto alguns chocolates no meu, mas prefiro mil vezes uma coisa caseira do que industrial), mas já não fui a tempo. Vou começar a colocar lembretes no meu calendário para que, no próximo Novembro me lembre de que quero falar disto antes de já ter começado! Acho que pode ser uma boa estratégia de gestão do tempo. Só me resta lembrar-me de meter um lembrete...

 

De qualquer maneira, se quiserem recordar o método de confecção deste calendário, podem ver aqui. Há várias ideias de coisas que podem colocar nas janelinhas, depende das vossas crianças e da vossa imaginação. Eu costumo meter um chocolate ou rebuçado alternado com uma pequena prenda ou lembrança, que este ano vai passar por mini-histórias de bolso, borrachinhas daquelas com formas, canetas e lápis, ganchinhos e batons do cieiro com sabor (porque a mais velha é vaidosa e a mais pequena imita-a). Coisas pequenas e baratas, mais para o efeito surpresa do que outra coisa. E para encher a casa de tralha também... A ver se para o ano faço um menos consumista e material, como o que a Madalena fez.

 

Feliz Advento!

 

Quiet book - Versão final

É tão bom quando vemos o fim a um grande projecto, especialmente quando fica tal qual como nós imaginámos!

 

Um mês depois, aqui está o meu Quiet Book para a Alice: oito páginas, com mais ou menos pormenores, e a capa que também deu que fazer, apesar de, vai-se-a ver, e não tem nada que saber. Voltarei aqui mais tarde para vos mostrar melhor página por página e vos falar da encadernação, mas por enquanto fica aqui um vídeo demonstrativo que tenho uma festa de anos para preparar.

 

(A resolução não ficou muito boa, é só mesmo para terem uma ideia de como ficou o produto acabado. Quando tiver mais tempo, vejo como posso resolver a questão do vídeo. Ao fazer o vídeo, reparei ainda que as pintinhas da joaninha também ficaram mal cosidas, mas vou ficar à espera que a Alice as rasgue e logo remendo!)

 

Discos de limpeza reutilizáveis (agora em flanela)

Há pequenas medidas que podemos adoptar no dia-a-dia que não dão trabalho e contribuem para ajudar o planeta. É o caso dos discos de limpeza em crochet que fiz há umas semanas para substituir os discos em algodão.

Eu limpo a pele todos os dias, apesar de raramente me maquilhar. Todas as noites, limpo com um leite de limpeza e tónico (mas estou a fazer a mudança para limpar com um produto totalmente natural como óleo de amêndoas doces ou óleo de coco). De manhã, gosto de passar um disco com água de rosas pela cara antes de pôr o creme, o que já se tornou um hábito que não dispenso na minha rotina matinal.

Os discos em crochet que fiz, apesar de giros e tal, são um pouco mais ásperos do que um disco de algodão e à noite a pele pede um tecido mais suave e calmante. São óptimos para esfoliar uma ou duas vezes por semanas, mas não para usar diariamente. Antes de voltar a comprar discos de algodão (a produção de algodão implica vários problemas ecológicos), decidi, assim, aprimorar a receita de discos de limpeza facial reutilizáveis.

Lembrei-me da flanela que tem um toque suave e boas propriedades de absorção. Peguei numa toalhita de flanela que tinha em casa, cortei em quatro círculos e fiz uns discos com uma face em algodão e uma face em flanela. Não sabia que enchimento usar e experimentei com um enchimento de edredão normal.

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Vários pontos negativos destes discos: com as lavagens, o enchimento deixou de se notar além de ter capacidades de aborção nulas. A face em algodão serve bem para o leite de limpeza, mas não absorve o tónico. No entanto, a face em flanela é perfeita!

Decidi, assim, fazer discos só em flanela. Pareceu-me aborrecido fazer todos os discos em flanela branca, mas não é fácil encontrar flanelas com motivos que não pareçam lençóis. Felizmente, encontrei umas flanelas giras na Souphina, uma loja online que vende tecidos ecológicos e 100% algodão.

No entanto, havia o problema do enchimento, que teria de ser mais absorvente. Pesquisei e cheguei à Fluffy Diapers que vende vários tipos de tecidos absorventes para fraldas reutilizáveis. Excelente! Um material que absorve o chichi dos bebés muito melhor absorverá o meu tónico facial!

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Optei pelo tecido de bambu por ter uma certificação ecológica e ser recomendado, não só para fraldas, como para fazer pensos mentruais e discos de amamentação reutilizáveis. A tira vai dar-me para fazer aí uns 50 discos - ou seja, para o resto da vida - e posso confirmar que foi a opção correcta. Inicialmente, fiz apenas dois discos de teste para experimentar, lavar e voltar a usar e posso dizer que agora já acertei nos melhores discos de limpeza facial reutilizáveis que podem fazer em casa! São super suaves e absorventes e já tenho em quantidade suficiente para ter sempre algum limpo caso os outros ainda estejam para lavar.

O único senão é que isto exige alguma concentração para não deitar os discos para o lixo, depois da utilização, mas sim colocá-los no cesto da roupa suja, mas é uma questão de hábito.

Para lavar e não se perderem algures na máquina (ainda há uns tempos a máquina entupiu e o técnico retirou lá de dentro um daqueles discos de enchimento dos soutiens...), uso um daqueles sacos de rede próprios para lavar pequenas peças na máquina. Lavo a 30º C juntamente com a roupa normal.

 

 

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É fácil, prático, não dá quase trabalho nenhum, não prejudica o ambiente e a vossa pele do rosto vai adorar! Podem ser também uma excelente prenda de Natal, se tiverem familiares ou amigas que achem que poderiam usar.

E, já agora, se tiverem filhos pequenos, é um óptimo entretém enquanto vocês tomam banho. A Alice entretém-se muito a pôr e tirar os discos da caixa...

 

(Apesar de ter várias referências a lojas online, este post não é patrocinado.)

Quiet book [work in progress] #3

O Quiet book começa a tomar forma e a ganhar relevo. Ainda só tenho 7 páginas, mas já só vou fazer mais uma. Estes tipos de livros ficam muito grossos e não quero que fique grosso demais. Depois vou começar a unir as páginas e aí é que vai começar a aventura. Até agora tem sido só puro prazer!

 

A página do estendal da roupa

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Ideia e molde (gratuito) tirados daqui.

Molas pequenas à venda no chinês ou na Staples.

Tempo de execução: umas duas horas.

Quiet book [work in progress] #2

 

A quarta página está terminada: o quarto da boneca.

 

Há muitos modelos desta página disponíveis na Internet, mas eu tirei a ideia central deste

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Deu-me algum gozo fazer as roupinhas (duas calças, duas saias, duas camisolas e três vestidos) e só não fiz mais, com mais pormenores, porque já perdi demasiado tempo com esta página e o tempo não pára.

 

Comprei o molde da boneca e das roupinhas aqui. Depois de ter demorado demasiado tempo com as cómodas (primeiro fiz um roupeiro que não resultou, depois não conseguia coser as cómodas direitas e, se reparerem bem, há algumas gavetas tortas...), achei que 4,59€ era um bom investimento (bom e rápido, é só fazer download, imprimir, recortar e passar para o tecido) naquela que vai ser a página mais cobiçada pela irmã mais velha. E como já estou a ver que vou ter de fazer outro para ela, quando fizer anos em Dezembro, assim ao menos fico já com os moldes e escuso de inventar.

 

Agora faltam a página do elefante, do estendal da roupa (consegui encontrar as molas mini!!! nota-se que ando muito entusiasmada com isto??), das formas geométricas, do ábaco e da máquina de lavar roupa, se tiver tempo. São as páginas que tenho planeadas, não quer dizer que não mude de ideias. Inspiração não falta...

Quiet book [work in progress]

Está o título em inglês porque acho que "livro de tecido interactivo" não faz jus ao nome em inglês. Quiet book pressupõe divertimento silencioso durante muito tempo - ou seja, não há gritos nem choros durante 20 minutos, o que permite à mãe uns minutos de sossego ou executar tarefas tão simples como fazer chichi sem ninguém ao colo (sim, já aconteceu. Várias vezes). Um Quiet book fomenta ainda o desenvolvimento motor da criança (toddler em inglês é tão mais específico...) em tarefas que ela adora executar por volta do ano e meio, dois anos, como seja tudo o que envolva a exploração pelo tacto (daí o feltro ser ideal - além das propriedades de aderência deste material), movimentos de pôr e tirar, abrir e fechar e fazer puzzles simples. Além disso, gosto do nome, Quiet book, e traindo a minha profissão de tradutora, vou manter a designação em inglês.

 

Ando há meses a pesquisar e tirar ideias de quiet books giros e fáceis de costurar e nesta última semana tenho andado entretida com isto. Na verdade, há muito que não me sentia tão entusiasmada com um projecto. Aproveito todos os bocadinhos para trabalhar no Quiet Book para a Alice. Um bocadinho aqui para pôr o velcro na maçã, um bocadinho ali para cortar um vestido e, linha a linha, já tenho três páginas feitas e vou a meio da quarta.

 

Não resisto a partilhar convosco aquilo que já fiz. 

 

Página da árvore - tirar as maçãs da árvore e colocá-las no cesto, e vice-versa. 

 

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Inspiração daqui.

 

Página dos números - espécie de puzzle básico em que ela tem de ordenar os números (de acordo com a forma e a cor, claro)

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 Inspiração daqui

(na página ao lado vou fazer uma joaninha com fecho éclair para guardar os números)

 

Página dos fechos - a Alice adora abrir e fechar fechos, desde fechos de malas aos fechos das minhas botas. Antes que me estrague as ditas, prevejo muita diversão nesta página!

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Inspiração daqui.

 

Página da boneca - por enquanto ainda só tenho a boneca e os vestidos feitos, mas já estou a trabalhar em mais peças de roupa, que depois serão guardadas num roupeiro para vestir à boneca, que terá uma caminha na página ao lado.

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 Inspiração daqui.

 

Já tenho mais umas 3 ou 4 páginas pensadas, só me preocupa a forma como "encadernar" o livro. Mas cada coisa a seu tempo...

Podem ver mais ideias no meu álbum do Pinterest.