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Bolas de Berlim... sem creme

Um blogue que não é de culinária (apesar de ter algumas receitas)

Bolas de Berlim... sem creme

Um blogue que não é de culinária (apesar de ter algumas receitas)

Colchão de almofadas (uma espécie de tutorial)

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Não lhe devia chamar colchão, porque na verdade é um conjunto de almofadas pegadas entre si, mas o propósito é recriar a sensação de nos deitarmos num colchão fofinho a ler no quintal, no terraço ou na varanda.

Há uns tempos, vi no Pinterest uma imagem que achei genial para as miúdas: coser almofadas umas às outras para dar forma a um colchão para ter no chão. Mas o tempo foi passando e fui adiando o projecto na imensidão de projectos que tenho sempre para concretizar. Acabei por deitar mãos à obra há pouco mais de um mês, quando o calor a sério chegou e começámos a passar mais tempo lá fora. Costumamos estender uma manta no relvado e estar por ali, mas este ano tem havido muitos gafanhotos no relvado - quem me conhece ou já lê este blogue há algum tempo sabe o pavor que eu tenho a gafanhotos - e houve um dia em que tive de proibir a circulação na relva (porque senão eu também tinha de ir para lá), fui buscar almofadas e tentei recriar um espaço minimamente confortável no chão de pedra. As miúdas, brincadeira para aqui brincadeira para ali, acabaram por fazer carreirinha com as almofadas, a fingir que era uma cama, e deitavam-se divertidas... e refasteladas! Aquilo parecia muito confortável. Foi quando me lembrei que tinha umas fronhas de almofada a que não dava uso e e, em 30 minutos, fiz um colchão para o jardim. É extremamente fácil e rápido e, no fim, pensam: "Mas é como é que não me lembrei disto antes?"

 

Material necessário:

- Fronhas de almofada

- Almofadas (eu usei 4, que dá para um adulto, 3 se for para criança)

 

Basicamente, é unir as fronhas pelo lado maior, deixando a abertura para a almofada, para ser mais fácil retirá-la quando for necessário lavar, por exemplo. Depois é colocar as fronhas com as almofadas e, voilá, está pronto para servir de encosto para ler um livro!

 

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Foi o sucesso total. As miúdas adoraram, os adultos adoraram. Rapidamente percebi que teria de fazer outro colchão, mas como já não tinha almofadas com largura suficiente para as fronhas que tinha, resolvi fazer eu mesma as fronhas. Usei um tecido do Ikea que tinha aí, cortei quadrados de 52 x 52 (para almofadas de 50 x 50) e cosi à volta deixando uma abertura para inserir as almofadas. Desta vez optei por uma técnica de união diferente, com botões de mola, pela única razão de poder separar as fronhas quando precisar de as lavar. Na altura de as coser, não fui inteligente o suficiente e cosi a abertura depois de ter inserido a almofada. Ou seja, quando precisar de lavar as fronhas, ou descoso a abertura ou tenho de meter a almofada inteira na máquina. Como eu já sei que sou preguiçosa e vou optar pela segunda hipótese, pensei numa forma de não coser as almofadas umas às outras como no colchão em cima. Lembrei-me do velcro, mas optei por 3 botões de mola que unem as almofadas entre si, permitem que se dobrem facilmente para permitir uma maior arrumação e, se algum dia precisar de almofadas individuais sobressalentes, é só desabotoar.

 

Prático, não? Pois, mas este modelo tem uma desvantagem: não dá o aspecto fofinho do acolchoado e, como fica com umas aberturas entre os botões, a minha filha começou logo a gritar que já se estava a descoser... Portanto, se voltar a fazer outro, é provável que volte ao primeiro colchão. De qualquer forma, é um projecto fofinho, no mínimo!

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Calendário do Advento - DIY


O Advento começa na próxima segunda, dia 1 de Dezembro. Como tal, ainda vão a tempo de fazer o vosso próprio calendário do Advento durante o fim-de-semana. O nosso já está mais ou menos pronto, só falta um ou outro retoque que vou concluir no fim-de-semana. Tendo em conta que ia cosendo duas janelinhas por dia, até nem levou muito tempo a fazer. É bastante simples de executar, muito económico e ocupa pouco espaço. E nem é preciso ter máquina de costura. Podem fazer a mesma variante com cola especial para tecido. Vejam aqui um exemplo parecido ao meu, mas usando feltro e cola.

O que eu usei:

- Um rectângulo de feltro suficientemente largo e alto para caberem cinco quadrados de largo e cinco ao alto.
- Um pacotinho de 24 corações em feltro numerados que comprei na At Home Hobby
- 24 quadradinhos de retalhos que tinha cá por casa
- Fitas de viés decorativas com motivos natalícios que cosi nas margens superior e inferior
- Cola para tecido
- Linha ou lã para pendurar
- Fita adesiva bilateral para colar para reforçar a adesão na parede



Como fiz:

1. Cortei 24 quadrados de tecido a partir de um molde pré-feito; para não ter de fazer bainhas, cortei as margens com uma tesoura zig zag.



2. Cosi os 24 quadrados ao rectângulo de feltro, deixando a parte de cima aberta.



3. Cosi duas fitas de viés às margens superior e inferior.

3. Colei os corações aos quadrados.




4. Apliquei uma fita de linha para pendurar na parede, mas o resultado não saiu como esperado e tive de reforçar com fita adesiva com face bilateral daquelas que, dizem eles, não estraga as paredes ao retirar. Mas ainda não estou satisfeita com o resultado. Acho que com o peso das surpresas que vou colocar dentro das janelinhas, aquilo vem tudo abaixo... Sugestões?



Ainda me falta aplicar qualquer bonecada ali no espaço deixado ao lado do 24. A Inês sugeriu um Pai Natal, porque... afinal, é Natal!

Não é nada de especial, mas não tem de ser. É para uso próprio e tem todas as falhas que se esperam de alguém que foi cosendo aos poucos com uma das filhas agarrada às pernas...



E o que colocar nas janelinhas? Este ano tentei fugir aos doces e chocolates e arranjei outros artigos pequenos que coubessem nas janelinhas sem estragar a surpresa e que fossem do agrado de uma miúda super feminina de 4 anos. Assim, vou alternar um chocolate com um não chocolate, como por exemplo:
- Ganchinhos
- Elásticos para o cabelo com bonecada
- Colares ou pulseiras
- Figuras Lego
- Borrachinhas com formatos engraçados
- Um bloco de post-its em forma de coração para ela ir colando bilhetinhos pela casa
- Plasticina (mas essa não cabe...)
- Um batom de brilhantes próprio para a idade
- Autocolantes

É claro que isto são só algumas ideias. Consoante a criança que tiverem em casa, podem lembrar-se de outras coisas. E por essa Internet fora há imensas ideias, como estas. Pessoalmente, gostava que um dia alguém se lembrasse de me fazer este calendário de Natal. Just sayin...

E agora vá, seus preguiçosos, toca a pôr mãos à obra este fim-de-semana! E... bom Advento!

Remendos de crochet

Aprender a costurar foi das coisas mais úteis que podia ter feito. Vai-se a ver e aprender crochet também. Porque de vez em quando dá para aliar um ao outro e salvar uma peça de roupa que, de outra maneira, iria direitinha para o lixo.

A Inês herda muita roupa das primas e amigas. Um dos vestidos, que ela adorou, veio com uma nódoa que nunca consegui tirar. Como nunca gostei muito do vestido, pensei em fazê-lo desaparecer misteriosamente, mas seria uma injustiça, pois é um dos "vestidos de princesa" que a minha filha adora.


Uma solução seria retirar o forro, mas se é o forro que lhe dá o ar rodado, mais valeria deitá-lo para o lixo. Pensei em colocar um daqueles apliques termocolantes, mas depois lembrei-me de fazer um remendo em crochet do tamanho da nódoa.


Assim, em menos de nada fiz dois quadrados que uni e cosi com linha da mesma cor. A nódoa ficou apenas visível do avesso.



O aspecto final fica bem discreto.




O processo todo não demorou mais de meia hora e ficou uma solução bem mais barata e ecológica do que deitá-lo fora e comprar outro.

Partos difíceis

Arundhati Roy escreveu a sua obra-prima "O deus das pequenas coisas" aos bochechos. Tinha o manuscrito na gaveta e, sempre que podia, escrevia duas linhas às escondidas. Ou isto é mentira ou é deveras impressionante como ela conseguiu manter o fio condutor e escrever uma história com cabeça, tronco e membros. Ainda este fim-de-semana falei nisto.
 
Similarmente, embora noutro registo completamente diferente e sem as mesmas genialidade e perfeição, assim aconteceu com o meu primeiro tank top Wiksten. Invejando as blusas da Rosa Pomar, decidi comprar o molde e confeccionar a peça em casa. Comprei um tecido para o efeito que adorei e que me custou os olhos da cara (bem feita para aprenderes a perguntar o preço antes), mas à laia de teste experimentei antes numa capulana escura (sempre disfarça melhor as imperfeições) que trouxe de Moçambique.
 
 
Foi um parto difícil. Não pela dificuldade de confecção em si, porque não é mesmo nada difícil, mas porque nunca me consegui sentar diante da máquina de costura durante mais de 20 minutos seguidos. Ora era a bebé que me pedia colo, ora eram as obras no andar de cima que me obrigavam a sair de casa, ora isto ou aquilo, o certo é que demorei bem mais de duas semanas a fazer uma coisa que se pode fazer numa manhã. Quando finalmente a acabei, foi uma emoção e constatei que está quase-quase perfeita e que sem soutien de amamentação é que vai ficar mesmo bem... Agora é esperar pelo bom tempo para a poder usar!
 
De parto bem mais difícil foi o cachecol de quadrados (granny squares) que fiz para a mais velha. A bem dizer, era para ser para mim, mas a preguiça falou mais alto e para a pequena sempre foram uns quantos quadrados a menos que tive de fazer. Comecei durante a minha baixa forçada, ainda grávida, mas só voltei a pegar nele depois do workshop que me ensinou a pegar quadrados e a fazer rosetas, a minha nova perdição. E também foi assim, aos bochechos como o livro de Arundhati, tentando não lhe perder o fio à meada. As  pontas ia-as rematando enquanto passageira nas viagens de carro e aos fins-de-semana com as minhas filhas ao lado, uma a olhar e a outra já a querer imitar-me, e percebi que isto de rematar pontas de quadrados e rosetas é tarefa para levar qualquer pessoa à loucura total. A blusa em rosetas que estou a fazer para mim é bem capaz de ficar pelo caminho só de pensar no trabalho de remate que me espera. Ainda assim, a satisfação de ver acabado algo manufacturado por nós é impagável. Uma espécie de cura para a falta de auto-confiança. Mesmo.
 
 
 


 

 
 

Abril ainda vai longe

Ao submeter o meu pedido de subsídio de maternidade durante 150 dias (dito assim parece muito, mas são uns escassos cinco meses) e perceber que a 21 de Abril já tenho de ir trabalhar, fiquei imediatamente deprimida. O facto de não trabalhar desde finais de Agosto pareceu-me totalmente irrelevante. Isso faz de mim uma boa mãe, uma má trabalhadora ou simplesmente uma incorrigível preguiçosa? É que neste momento, a realização profissional parece-me coisa do diabo e até já me apeteceu despachar a empregada e tomar eu as rédeas à casa. Mas depois lembrei-me que não gosto nada de limpar sanitas e convenci-me que é muito melhor pôr-me a ganhar dinheiro para mandar outros fazê-lo por mim. 
Assim vão as prioridades.

Coisas que se fazem quando não se tem nada para fazer #1

(Breve pausa nos devaneios puérperos)

Lembram-se da manta de retalhos que queria fazer aqui e depois já não queria fazer aqui?
Com isto da gravidez de risco e de não poder estar muito tempo de pé por ordens médicas, adiei um e outro projecto e acabei por ir fazendo, no vagar dos meus dias de grávida, uma capa de edredão normal. 


Não satisfeita com o resultado simplório simplista, afinal uma capa de edredão qualquer um consegue fazer (certo?), resolvi aproveitar as sobras do tecido e costurar um cortinado que fizesse pandan com a colcha e fosse bem mais girly do que aquele que lá estava (que não condizia desde o início, mas acabou por ficar pendurado mais de um ano...).




Devia fazer a outra metade do cortinado, mas depois aborreci-me. Assim como assim, a janela é pequena e o sol só bate directamente das duas às quatro. E outros projectos me aguardam, pois.

Tutorial - Modificar o decote de uma t-shirt

O segundo tutorial deste blogue (uau!!) prende-se novamente com a transformação de roupa.
No  início do Verão, comprei uma série de t-shirts lisas e baratas à Inês com o intuito de as decorar com apliques e construir, assim, um roupeiro mais personalizado. No entanto, apesar de lhe servirem no resto do corpo, o decote das t-shirts é tão apertado que é praticamente impossível vesti-las ou despi-las sem lhe arrancar as orelhas. As t-shirts acabaram por ir ficando no fundo da gaveta até que, com demasiado tempo nas mãos e uma crise de sinusite que me impede de me esticar no sofá sem sentir que o meu nariz alberga todo o rio Ganges e respectivas vacas mortas, voltei a pensar no que poderia fazer para salvar as t-shirts e dar-lhes, pelo menos, mais uma utilização.
A minha ideia era transformar uma simples t-shirt lisa de decote redondo numa t-shirt mais feminina com decote em V e um toque personalizado. Algo assim:


Peguei numa das mais baratuchas e fiz-me à Internet à procura de dicas, certa de que haveria uma forte probabilidade de estragar a t-shirt se me pusesse a cortá-la sem qualquer orientação.
Descobri este vídeo sobre como cortar um decote redondo e transformá-lo num decote em V, cuja visualização recomendo fortemente para mãos de chumbo como eu.


O primeiro passo será, então, dobrar a t-shirt ao meio, marcar a zona a cortar com uma régua e cortar no sentido que é indicado no vídeo para que os lados fiquem simétricos.

O segundo passo será chulear o decote para evitar que desfie e/ou, dependendo do tipo de tecido, dobrar dois milímetros para dentro e pespontar. Ficará qualquer coisa como isto:

Depois de chuleado.

Marcar com alfinetes para pespontar.

Já com pesponto, o decote atrás fica mais largo e arredondado 
pronto para servir a qualquer cabeçuda!

De seguida, (terceiro passo) podemos passar à ornamentação do decote para conferir um ar mais distinto e personalizado à t-shirt. É sempre possível deixar ficar o pesponto, mas se não forem certinhas (como eu...), convém disfarçar o ponto com, por exemplo, uma fita de renda ou uma fita de viés. Como ainda tinha um metro de fita de renda em casa, optei por esta variante e acho que o resultado ficou bem interessante.

Para não fugir, convém fixar a renda com alfinetes.

Coser bem junto à margem do decote.


Como a parte inferior da renda, especialmente no V do decote, se levanta um bocadinho, recomendo coser também em toda a volta da extremidade inferior.

Ter especial atenção na zona do decote para não ficar franzido.

E o aspecto final nem deixa perceber que se trata, afinal, de uma t-shirt sensaborona de 2,99 €!

Gostei bastante do resultado e, apesar de o Verão estar a acabar, vou fazer o mesmo às outras t-shirts do género que têm um decote demasiado apertado. Pode não conseguir vesti-las todas ainda este mês, mas há sempre a hipótese de voltarem a ter utilidade daqui a dois anos, com a mais nova. 




A manta de retalhos que já não é

É ponto assente: esta manta de retalhos não me está a correr bem. O meu carácter impulsivo e pouco paciente levou-me a começar a coser os quadrados sem qualquer ordem ou sistematização e só quando já tinha 3 filas cosidas é que percebi duas coisas:

1) os quadrados maiores, que supostamente formam o motivo da manta (aquele do gato), não coincidem com o tamanho dos quadrados menores, o que me obrigou a cortar aleatoriamente tiras de tecido para colmatar os espaços em branco;


2) a cor, os padrões e as formas dos quadrados e das tiras acabam por tirar protagonismo aos quadrados grandes que, repito, supostamente formam o motivo da manta e deviam estar em destaque.


Iria ficar, assim, uma manta de retalhos propriamente ditos, uma amálgama como a que resultou da manta que fiz para a cama de grades da Inês 


e para a cama das bonecas 


(se esforçamos muito os olhos percebemos que houve ali a intenção de fazer um quilt de cruzes, mas que, para isso, devia ter escolhido uma única cor para o fundo, de modo a realçar as cruzes em padrões estampados). 

Não que uma manta de retalhos seja feia. Longe disso, pelo contrário e isso tudo. Adoro mantas de retalhos misturados e desordenados ao estilo vintage. Mas esta simplesmente não me estava a agradar. Seriam as cores, o tamanho dos quadrados, a desorganização das filas ou a minha própria eterna insatisfação? Ou será que o que eu quero fazer não é uma manta de retalhos, mas sim um quilt, pensado, medido, ordenado e pacientemente "montado"?

Aquilo que já tenho feito será certamente reaproveitado que eu não sou pessoa de deitar tecido fora. Estou a pensar, talvez, num tapete de brincadeiras para a mais nova. Isso ficará para depois. Agora só tenho de decidir o tipo de quilt que quero fazer, tendo de escolher um de três conhecidos em inglês por bunting quilt, triangle quilt ou neighborhood charm quilt.




Por me parecer mais simples de executar e mais fácil de montar, tendo em conta os retalhos que ainda tenho, estou bastante inclinada para este quilt: "half-square triangle quilt".


(outra variante do mesmo)

Porque, eu culpada me confesso, num acesso de loucura (bastante usual de cada vez que vou à Santo Condestável), já comprei tecido novo com as medidas exactas: um estampado para a parte de trás e um de uma só cor para fazer o fundo para a parte da frente e que combine com os padrões contrastantes que tenho em casa.


Estou entusiasmadíssima e acho que é capaz de ficar bem giro na cama nova. Sim, manta de retalhos: já eras.

Mais ideias para usar motivos de renda/crochet em roupa

No seguimento do post anterior, peguei numa camisola da Inês que tinha um buraco e estava prestes a ir para o lixo e cosi-lhe uma roseta de crochet (que tinha comprado no Ikea há mil anos atrás) a tapar o buraco.
Ficou ou não ficou gira?


Lembrei-me ainda que, num dos vestidinhos de Verão que fiz para a Inês, usei uma bainha de renda - que comprei, portanto não se enquadra propriamente na categoria de reaproveitamento de enxovais, mas é uma ideia bem gira.


Em calções também fica muito giro, como podem ver neste post da M de M


Entretanto, fui repescar outro post antigo da M de M, pois tinha uma vaga ideia de que ela falava sobre como fazer... candeeiros de renda! Yep!


Cheira-me que há um sem número de possibilidades de reaproveitar rendas antigas...

TUTORIAL* - Transformar roupa com naperons de renda

*sempre quis usar esta palavra no título de um post!

Confesso: estou apaixonada por crochet. Depois daquele workshop com a Rita Cordeiro, a máquina de costura deu lugar à agulha e, esquecendo o pormenor que ainda não produzi nada que se visse, fazer crochet é muito mais prático do que costurar. Dá para levar para qualquer lado, não ocupa muito espaço, é igualmente relaxante (ou exasperante, conforme o caso) e, se ao princípio é igualmente moroso, confio que com a prática vou conseguir não me rir quando vejo aqueles tutoriais que prometem "faça este cachecol numa hora" a sete dólares o PDF.

Continuo, no entanto, a não achar piadinha nenhuma à renda. Odeio de morte aquelas fraldas "com pontilhado" que a minha mãe teima em fazer para as netas, mas já não lhe digo nada porque percebi que não vale a pena. E não achava piada a naperons até descobrir uma das maravilhas do upcycle de roupa: transformar t-shirts sem graça com aqueles naperons redondos que herdámos da avó e que não sabemos o que lhes fazer!

Está tudo aqui e aqui, mas eu posso dar uma ajudinha em português. Ah, sempre quis fazer isto!

Então, cá vai.

TUTORIAL - Como transformar t-shirts sem graça usando os naperons de renda da avó

Escolhe a t-shirt ou o top e tira de uma vez por todas o naperon de cima do televisor!



Coloca o naperon por cima da t-shirt, no local onde o queres coser, e fixa com alfinetes ou cola de tecido (eu prefiro os amigos alfinetes). Tem atenção ao sítio onde vai aparecer o soutien!


Depois cose à máquina, em toda a volta.


Depois de cosido, vira a peça do avesso e corta o tecido por baixo da renda, seguindo o tracejado da costura, mas com muito cuidado para não cortar a renda.





E voilá! Não é giro?



À venda aqui

Dependendo do gosto, pode ficar mais ou menos piroso! 
Eu cá acho que vou experimentar. Uma grávida pode tudo.