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Bolas de Berlim... sem creme

Um blogue que não é de culinária (apesar de ter algumas receitas)

Bolas de Berlim... sem creme

Um blogue que não é de culinária (apesar de ter algumas receitas)

Para mais tarde recordar

Quem trabalha por conta própria tem de criar uma imagem de marca. É importante para nos destacar da concorrência e para fazer com que os clientes se sintam motivados a contratar os nossos serviços. Especialmente aqueles freelancers que trabalham atrás do ecrã do computador e que raramente conhecem os seus clientes pessoalmente, como é o caso dos tradutores, devem apostar numa boa página, numa forte presença nas redes sociais e numa foto de perfil profissional. É proibido usar fotos tiradas nas férias, de óculos de sol ou com os filhos ao colo. Não queremos transmitir demasiados detalhes da nossa vida pessoal. Queremos uma imagem que passe a impressão certa aos clientes e que, consoante o grau de profissionalismo e simpatia que transmitir, os leve a contactarem-nos. Eu não tenho uma forte presença profissional nas redes sociais. Não ligo muito ao Linkedin nem tenho página no Facebook, mas investi num bom site que está online há quase um ano e já me garantiu alguns contactos.

No entanto, toda a gente me diz que as fotos que lá tenho não são boas. Ou porque não são profissionais ou porque estou com ar demasiado sério. 

Um tradutor não tem de passar uma imagem demasiado corporate. Se há coisa que não somos (não sou) é corporate. Por isso, nada de fotos de braços cruzados ou casaco blazer. Quer-se uma fotografia com ar descontraído, mas profissional. E eu não tinha nada disso.

 

Por sorte, tenho uma amiga fotógrafa. Quem tem amigos fotógrafos tem tudo! E quem tem amigos fotógrafos com talento tem mesmo tudo!

Enquanto punhamos a conversa em dia, a Cláudia ia tirando fotografias, umas para usar no meu site, outras mais descontraídas para os meus perfis nas redes sociais ou até mesmo para as molduras cá de casa. É que ficaram tão giras e gostei tanto do resultado, que vou dar uma de narcisista e espalhar a minha imagem por aí. Ora vejam.

 

E depois disso, podem ir dar uma espreitadela pelos trabalhos da Cláudia e deixarem-se encantar: site iheartyou. Facebook. Instagram.

 

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As fotos foram tiradas no LX Factory que é um sítio onde me sinto muito bem e a roupa que usei é da... Ahahah, era só para me armar em fashionista!

 

Passadiços do Paiva

Em boa hora fomos visitar os Passadiços do Paiva em Arouca, antes dos fogos, em pleno esplendor de 8 km de travessia por paisagens maravilhosas inseridas na montanha, ao longo do rio Paiva. Foi com tristeza que soubemos da destruição de um troço dos Passadiços pelo fogo, mas felizmente parece que os danos não são irrecuperáveis.

 

Deixo-vos algumas fotos desse esplendor, num dia muito quente de Julho. Quando reabrir, se puderem, vão visitar. Se puderem, vão também durante a semana, quando há menos gente. Mas se não puderem ir durante a semana, vão à mesma. Vale bem a pena.

 

[Por lá perto, podem comer o melhor bife da vossa vida no Recanto dos Carvalhos, na Gralheira, concelho de Cinfães, o que na altura me pareceu ficar para lá do sol posto, pela quietude e pela maravilhosa atmosfera criada pelo pôr-do-sol. Fiquei impressionada com o bife, com o tamanho das doses, com o preço e com a confirmação de que atrás do sol posto é um sítio bem bonito.]

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Quando o sol se deita

Uma vez fomos ao cabo Finisterra de propósito ver o pôr-do-sol. Nós e umas boas dezenas de outras pessoas. Arranjar um bom lugar foi pior do que conseguir entrar nas lojas no primeiro dia de saldos. Não havia nuvens, estava calor, a paisagem era fantástica, mas o pôr-do-sol não foi nada por aí além. Já na Tailândia vi os melhores pores-do-sol de sempre com umas cores que metem os filtros do Instagram num canto...

 

Irritam-me aquelas pessoas que dizem que não vale a pena ir lá para fora se temos tantos sítios bonitos cá em Portugal, porque gosto de viajar e conhecer outras culturas e Portugal não tem florestas tropicais nem desertos e isso também é bonito, mas também não sou daquelas que acham que só lá fora é que se vêm paisagens bonitas e que o nosso Portugalito não consegue competir em termos de Natureza com mais nenhum país, porque é verdade que temos paisagens de cortar a respiração e que estão no Top 10 dos guias turísticos. 

Por exemplo, a semana passada fui fazer os Passadiços do Paiva com paisagens lindíssimas e recantos espectaculares (fica a promessa de um post dedicado a isso) e este domingo fomos simplesmente ver o pôr-do-sol ao cabo Espichel e respirar os tons da nossa terra.

 

Às vezes estávamos no quintal, víamos o céu vermelho ao pôr-do-sol e pensávamos como devia estar bonito do cabo, mas entre ver e chegar lá (ainda são 15 km), já o sol se pôs. Ontem arrancámos com tempo, levámos a bicicleta e bolachas para enganar a hora do jantar e só nos esquecemos do casaco, pois no cabo está sempre vento (sempre!). Foi bom e muito bonito e fez-me desdenhar do pôr-do-sol assim-assim em Finisterra. Está certo que não temos pimentos Padrón nem queijo Manchego nos menus dos restaurantes, mas temos o Mequinhos no Meco que ontem também não estava mau e nos serviu um choco frito de comer e chorar por mais.

 

E foi assim que entrámos em modo pré-férias a desejar terminar o trabalho depressa para podermos ir uns dias para aqui. Está mesmo quase.

*suspiro*

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(entretanto)

(entretanto pus-me a escolher fotos. e oh, mas oh que excelente exercício para nos deixar com um sorriso nos lábios durante, pelo menos, duas horas!)












Arco-íris

Há muito tempo que não via um arco-íris assim, tão vivo, tão nítido, de uma ponta à outra. A viagem do centro de Sesimbra até casa pela Arrábida demorou o triplo do tempo. Devo ter parado umas 5 vezes para apreciar a paisagem, o formato três-dê das nuvens, a imensidão do arco-íris, para desenhar no ar as sete cores como na música dos Caricas ("Mamã, mas eu já não acho muita piada aos Caricas. É para bebés, sabes..."). As minhas filhas olhavam para mim surpreendidas e divertidas com os meus guinchos de alegria. Há muito tempo que não via um arco-íris assim, tão vivo, tão nítido, de uma ponta à outra. A câmara do telefone não conseguiu apanhá-lo em toda a sua extensão, mas juro que dava para ver onde começava e onde terminava, os potes de ouro esperando em cada extremidade. Pus-me a pensar se, de todos os arco-íris que já vi na vida, nunca tinha prestado a devida atenção a nenhum ou por que é que só agora é que me espanto por ver um arco-íris assim, tão vivo, tão nítido, de uma ponta à outra. Depois lembrei-me. É que vivi demasiado tempo nas grandes cidades onde os prédios altos só deixam vislumbrar uma parte do arco. E acho que acabei por perder a esperança nos arco-íris da vida. ("Se chove e faz sol, aparece o arco-íris, pois é, mamã?")

Sete anos depois (e eu que ligo tanto a coincidências cronológicas), tenho a oportunidade de uma nova vida. Nova casa, nova terra, novo emprego. É tudo quase tão novo que, por momentos, me deu medo e aquele aperto no peito que não me deixava respirar ali entre a uma e as duas. Mas de repente, a sensação de aperto passou, o coração acalmou e percebi ali, com aquele arco-íris, que não pode chover para sempre.

O texto pode estar cheio de clichés, mas as fotos são sem filtro.





8 meses


Ainda ontem, antes de deitar, conversávamos sobre como conseguimos fabricar duas filhas lindas e como a Alice, contra todas as minhas expectativas, mas a favor de todas as expectativas do pai (claro!), é uma bebé super, super, super calma, tão, mas tão fácil que mete nojo. Por exemplo, já lhe nasceu um dente e só demos conta porque lhe vi um alto nas gengivas. Ou quando acorda a meio da noite com os pesadelos da irmã e, em vez de chorar com sono, sorri se nos aproximamos do berço. No geral, reclama, portanto, muito pouco. Tão pouco que no outro dia, quando se fartou de chorar porque lhe pus um creme que claramente lhe ardeu no rabinho, fiquei verdadeiramente aflita porque, em 8 meses, nunca a tinha visto chorar assim.
Agora já vamos dar com ela no corredor a explorar as imensas possibilidades da casa naquilo que é uma maneira muito própria que arranjou para se arrastar/gatinhar. Não por falta de exemplos. Ainda ontem o pai chegou a casa e estava mãe, irmã e gato de roda dela a ensiná-la pelo exemplo... 

Por falar no gato, está a ser uma delícia vê-los juntos. Com as devidas precauções, porque não deixa de ser um animal, tenho-os deixado dar todos os beijinhos que lhes apetece. Ela fica doida quando o vê e ele já deixou de dormir connosco para se enfiar na cama dela. Desconfio que vai sair daqui um amor destes.



Missão "Adeus parede!"

Isto foi o resultado de uma ideia filha da mãe que tive para a festa que demos este sábado na nossa em breve "casa nova". Esqueci-me de pôr a tocar a playlist que passei uma semana a compor, é certo, mas não me esqueci das tintas, dos pincéis, dos marcadores e das t-shirts velhas para os miúdos poderem dar azo à criatividade! Durante 40 minutos, uma simples parede branca, que vai ser deitada abaixo em breve, foi o centro das atenções de miúdos e graúdos.

O resultado não ficou nada de espectacular (quando os miúdos se põem a misturar as tintas, as cores resultantes não costumam variar muito do acastanhado e aquela mancha ali no meio.... bom...), mas foi bastante divertido e agora funciona como um lembrete constante e bem visível de que temos mesmo de avançar com as obras!

Houve até direito a algumas revelações criativas, como o pequeno G. que fez toda a gente rir com os seus tiques de mini-Picasso. Afinal, não é preciso muito para deixar as crianças serem crianças. Mas, até elas se esquecerem, é melhor esconderem as canetas em vossa casa que não quero ser responsável por remodelações forçadas...





A ilha com vista de Pico

Aquilo de que mais gostei do Faial foi de poder ver o Pico a toda a hora. Na rua, no hotel, no café. Os anúncios de casas com destaque para a "vista de Pico". Ver a montanha em frente com o cume encoberto ou não é sempre um consolo para a vista. Por exemplo, quando fomos ao outro lado da ilha, achei aquilo um desassossego, procurar e não encontrar o Pico. Numa comparação tosca, quando vivi em Berlim costumava orientar-me pela Torre da Televisão que espreitava, sobranceira, para todos os bairros da cidade. Ali no Faial o que contava era a vista de Pico, para orientação, mas principalmente porque é bonita. Até mesmo a fantástica paisagem lunar (diz que sim) do Vulcão dos Capelinhos teria muito mais a ganhar se dali se pudesse ver o Pico.

Vulcão dos Capelinhos

De resto, a Horta é uma cidade gira e pacata. Não tão pacata como qualquer uma das três "grandes cidades" do Pico, mas ainda assim tem um ou dois sítios onde a malta se reúne ao sábado à noite. Nada mau. Tem um mercado, restaurantes, o Peter's, uma avenida e "calçadão" ao longo da marina, o Peter's e até tem praia. Ah, já me esquecia, ainda há o Peter's. Diz que ir à Horta e não ir ao Peter's beber um gin é com ir a Roma e não ver o Papa. Tem isto tudo, só não tem é cafés ou restaurantes com cozinha aberta entre as 3 e as 6 para a malta do continente petiscar. O máximo que encontrámos foram tremoços e rissóis...

Informações práticas: é obrigatório ir à Caldeira em dia de sol e ao Vulcão dos Capelinhos com sol ou nevoeiro. Na Horta, a Marina merece uma visita demorada, pois parece que é tradição que quem chega de barco pinte um troço do muro com a bandeira do seu barco e o trajecto percorrido. Para beber vão - adivinhem lá! - ao Peter´s e para comer podem ir ao Medalhas, se bem que só um de nós é que gostou do prato que pediu. De resto é apreciar as vistas.

Peço, desde já, desculpa por qualquer insistência...

Vista de Pico da Caldeira

Vista de Pico da marina

Vista de Pico da rua (Horta)

Vista de Pico do aeroporto

Vista de Pico do hotel

Vista de Pico de nenhum lugar em especial

Nas nuvens

Temos uns amigos polacos que adoram tirar fotografias como esta. Onde quer que vão, saltam para a foto, normalmente de maneira bem mais espalhafatosa e ginasticada do que esta. Ao subir o Pico, inspirada pelo sentimento de poder e conquista por me encontrar acima das nuvens, lembrei-me de os imitar. O resultado foram alguns minutos de divertimento pela incapacidade de sincronização com o fotógrafo. No dia seguinte, repetimos a parvoíce na marina da Horta, numa foto ao lado da bandeira polaca que enviámos para os nossos amigos, em jeito de brincadeira. 
Achei piada ao resultado. Para fugir um pouco à rotina e largar umas gargalhadas. Está na hora de mudar as molduras no corredor cá de casa.