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Bolas de Berlim... sem creme

Um blogue que não é de culinária (apesar de ter algumas receitas)

Bolas de Berlim... sem creme

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Calendário do Advento - DIY


O Advento começa na próxima segunda, dia 1 de Dezembro. Como tal, ainda vão a tempo de fazer o vosso próprio calendário do Advento durante o fim-de-semana. O nosso já está mais ou menos pronto, só falta um ou outro retoque que vou concluir no fim-de-semana. Tendo em conta que ia cosendo duas janelinhas por dia, até nem levou muito tempo a fazer. É bastante simples de executar, muito económico e ocupa pouco espaço. E nem é preciso ter máquina de costura. Podem fazer a mesma variante com cola especial para tecido. Vejam aqui um exemplo parecido ao meu, mas usando feltro e cola.

O que eu usei:

- Um rectângulo de feltro suficientemente largo e alto para caberem cinco quadrados de largo e cinco ao alto.
- Um pacotinho de 24 corações em feltro numerados que comprei na At Home Hobby
- 24 quadradinhos de retalhos que tinha cá por casa
- Fitas de viés decorativas com motivos natalícios que cosi nas margens superior e inferior
- Cola para tecido
- Linha ou lã para pendurar
- Fita adesiva bilateral para colar para reforçar a adesão na parede



Como fiz:

1. Cortei 24 quadrados de tecido a partir de um molde pré-feito; para não ter de fazer bainhas, cortei as margens com uma tesoura zig zag.



2. Cosi os 24 quadrados ao rectângulo de feltro, deixando a parte de cima aberta.



3. Cosi duas fitas de viés às margens superior e inferior.

3. Colei os corações aos quadrados.




4. Apliquei uma fita de linha para pendurar na parede, mas o resultado não saiu como esperado e tive de reforçar com fita adesiva com face bilateral daquelas que, dizem eles, não estraga as paredes ao retirar. Mas ainda não estou satisfeita com o resultado. Acho que com o peso das surpresas que vou colocar dentro das janelinhas, aquilo vem tudo abaixo... Sugestões?



Ainda me falta aplicar qualquer bonecada ali no espaço deixado ao lado do 24. A Inês sugeriu um Pai Natal, porque... afinal, é Natal!

Não é nada de especial, mas não tem de ser. É para uso próprio e tem todas as falhas que se esperam de alguém que foi cosendo aos poucos com uma das filhas agarrada às pernas...



E o que colocar nas janelinhas? Este ano tentei fugir aos doces e chocolates e arranjei outros artigos pequenos que coubessem nas janelinhas sem estragar a surpresa e que fossem do agrado de uma miúda super feminina de 4 anos. Assim, vou alternar um chocolate com um não chocolate, como por exemplo:
- Ganchinhos
- Elásticos para o cabelo com bonecada
- Colares ou pulseiras
- Figuras Lego
- Borrachinhas com formatos engraçados
- Um bloco de post-its em forma de coração para ela ir colando bilhetinhos pela casa
- Plasticina (mas essa não cabe...)
- Um batom de brilhantes próprio para a idade
- Autocolantes

É claro que isto são só algumas ideias. Consoante a criança que tiverem em casa, podem lembrar-se de outras coisas. E por essa Internet fora há imensas ideias, como estas. Pessoalmente, gostava que um dia alguém se lembrasse de me fazer este calendário de Natal. Just sayin...

E agora vá, seus preguiçosos, toca a pôr mãos à obra este fim-de-semana! E... bom Advento!

Feliz Natal e essas coisas

Interrompemos o programa das festas para dizer que a autora deste blogue tem uma filha que acabou orgulhosamente de fazer três anos, para o ano vai fazer quatro, depois cinco e depois muitos (e vamos passar um ano a ouvir isto...), que no Natal deste ano não houve bacalhau, mas sim fondue do lombo com molhos feitos com alma, e que o Pai Natal (ou terá sido o Menino Jesus?) deixou tantos presentes nos sapatinhos das miúdas que lhes deu cabo da sola.

A todos um bom Natal.

A tia

Ia começar por dizer que este Natal foi diferente, mas os parágrafos imediatamente a seguir são capazes de o desmentir. Comi a mesma quantidade imbecil de comida e gastei a mesma quantidade imbecil de dinheiro em presentes (sim, fui eu que fiz as prendas e consegui fazer todas as que me propus, mas no último instante fui assolada pela sensação igualmente imbecil de que não chegavam), andei de um lado para o outro como uma barata tonta, almoço aqui, jantar ali, lanche acolá, porque a família já vai sendo uma só família muito grande e está espalhada num raio de 80 km, o que, podendo ser pior, é uma distância demasiado longa para percorrer na madrugada do dia de Natal, nós e mais 3 milhões de portugueses. Mas ia dizer que este Natal foi diferente. Reformulo. Este Natal vai ficar para sempre no meu coração. Sim, é isso.

Primeiro porque neste Natal a minha filha, do alto dos seus dois anos recém-feitos, mas muito avançada para a idade, como se sabe, honrou-nos com a sua presença (o ano passado adormecera às oito da noite qual menino Jesus já exausto do seu destino) e aguentou estoicamente a noite sempre a desembrulhar presentes. A birra só veio quando lhe quisemos tirar o kit de pintura das mãos. Go figure.

Depois porque este natal teve sabor a reencontro. Um reencontro que eu não sabia que me ia emocionar tanto até ao momento da sua ocorrência. Se o tivesse antecipado, ter-me-ia munido de uma quantidade imbecil de Kleenex, tal foi a choradeira.
Assim que a vi, à minha tia, de cabelo arranjado como só a outra geração consegue, e os anos que não passaram pelos quilos, olhos expectantes a varrer a sala à procura das caras que não via há demasiados anos (se a memória não me falha, conto mais de dez), levantei-me e abracei-a, de olhos marejados e com vontade de não a deixar fugir mais, de pedir desculpas por me ter deixado embalar em quezílias alheias, por ter cultivado o descontacto que não fui eu que provoquei, por ter passado demasiado tempo sem desistir de abraçar uma causa que não era a minha. Em jeito de pedido de desculpas de parte a parte, abraçámo-nos várias vezes ao longo da noite, abraços sentidos e comovidos, redescobrindo uma cumplicidade que, afinal, sempre lá esteve.

Se há coisa que aprendi ao longo deste ano é que não podemos vestir a camisola das nossas mães, não podemos assumir a culpa pelos seus erros e inconveniências e temos de passar a aceitar a distância que nos faz ser pessoas diferentes, pessoas que, sem nunca termos deixado de as amar, às nossas mães, a dada altura nós, as filhas, escolhemos seguir o nosso próprio caminho.

E foi assim que passei a noite deliciada com o riso fácil da minha tia, com a sua jovialidade e simpatia, imersa numa vontade imensa de recuperar o tempo perdido e passar a visitá-la como se nunca tivesse deixado de o fazer.

ebay

E a prenda para o homem que não há meio de chegar, apesar de a ter encomendado com antecedência suficiente para evitar que isto acontecesse?

Para o Natal quero uma caixinha de Xanax, por favor


A Mum´s The Boss definiu o Natal em "8 Maravilhosos Pontos" os quais passo a citar aqui porque servem que nem uma luva, especialmente o último ponto.

1.Momento do ano em que dizemos ‘ai que nervos!’ às filas em todo o lado.

2.Momento do ano em que prometemos que ‘para o ano é que é, vou reduzir a lista de presentes’.

3. Momento em que percebemos que a ceia de Natal não é como nos filmes! Há sempre aquela personagem conflituosa (um tio, uma avó, um primo…) que vai dizer qualquer coisa pouco elegante… Há sempre aquele momento em que o teu filho pode fazer uma alta birra porque sim!

4. Momento do ano que é igual a uns kilos a mais. So what? Ainda temos uns 5 meses pela frente para fazer uma dietazinha… Ó pá, come com moderação, mas que te saiba bem e que não te recrimines. Afinal é uma vez no ano! Deixa os regimes para Fevereiro.

5. Momento do ano em que recebemos presentes feios e não sabemos o que lhes fazer.

6. Momento do ano em que dizemos ‘detesto este consumismo desenfreado’ e olhámos para a nossa lista de presentes e não sabemos bem o que lhe fazer…

7. Momento do ano em que, segundo as estatísticas, as zangas entre os casais acontecem 15 dias antes do Natal…

8. Momento do ano em que apetece desacelerar mas afinal andamos mais exaustos do que nunca!

Começo a achar, ou já acho há algum tempo, que foi um grande disparate ter decidido costurar prendas para toda a gente e que o minimalismo também se deve estender ao espírito natalício. O maior disparate de todos é ter começado a sonhar que as pessoas vão odiar as minhas prendas e submetê-las a um minucioso exame na expectativa de encontrar linhas tortas e pontos lassos, só para as poder enfiar numa gaveta e nunca mais se lembrarem delas.
Estou basicamente em pânico.
Por-que-é-que-ninguém-me-espancou-quando-tive-esta-bela-ideia?

Fim-de-semana artesanal

Então, lá desisti dos sabonetes. Em vez disso, fiz um écharpe com apliques, cuja foto não vou colocar aqui porque preciso mesmo de continuar convencida que está muito giro e digno de oferecer à sogra. De resto fiz praticamente todas as prendas, tirando uma para o pai, porque já não tive forças de me pôr a pintar madeira, e a bolsa para a cunhada, porque houve sempre alguma coisa que correu mal nas duas que fiz. Além disso, para grande desgosto meu, os tecidos de capulana que trouxe de Moçambique revelaram ser de péssima qualidade....
Cheira-me que vou ter mesmo de espreitar aqui para fazer uma coisa decente do princípio ao fim. Ainda tenho 5 dias, tudo é possível!

Ora, os resultados foram mais ou menos estes:

A bolsa (uma das) que não ficou tão bem como parece.

 

Os preparativos para a festa dos dois anos da filhota, cuja decoração ficou a meu cargo, mas como me embrenhei demasiado nas prendas de Natal, acabei por não conseguir delinear um tema para a festa. Portanto, vai ser o tema dos retalhos e do que há cá por casa!

 

Os marcadores de livros para oferecer a montes de gente.
5 já foram, que isto é tudo gente culta e letrada.

 

O porta-lápis para oferecer ao amiguinho-surpresa na escola, no dia da festa de Natal. Podia ter comprado qualquer coisa, mas quis ver quanto tempo demorava a fazer um. É que o plano inicial era fazer 14 para distribuir nos party favour bags que ainda vou ter (help!) de preparar para a festinha de anos da Inês na escola. Resultado: decidi simplificar! O homem vai fazer umas coisas desidratadas e eu...
...vou ao chinês!

 

O raio das pegas para a avó e para a tia.

 

Os saquinhos de alfazema que ainda vou ter de encher. Sem stress, ainda tenho 5 dias!

 

A malinha para a prima de 6 anos. Pronto, acho que esta ficou gira!

 

Os passarinhos para o móbil que custaram a encher comó raio para o mais novo membro da família que vai nascer em breve.

 

A bolsa para a mãe que, segundo já me disseram, tem um ar assim "esquisito" e não serve para pôr nada (visão masculina da coisa, vale o que vale). Eu cá achei o molde super fácil de fazer...
 
De modos que depois de tudo isto em 2 dias estou com uma grande dor de pescoço.

Ideias de prendas para um Natal menos consumista, mais criativo e personalizado - Parte 2

Quem gosta de cozinhar, pode fazer iguarias para oferecer. Há uns anos, ainda antes da nossa filha nascer, quando tínhamos todo o tempo do mundo para matar tardes inteiras com experiências, oferecemos aos amigos saquinhos com sticks de casca de laranja com chocolate, fudge de chocolate e doce de kiwi (o que eu queria mesmo era fazer doce de ameixa, mas depois lembrei-me que estávamos em Dezembro e não havia ameixas...). Os amigos gostaram, mas o mal destas prendas é que não passam dessa noite...

Há outras possibilidades, desde azeites com especiarias, misturas preparadas para pão e bolos, geleias, compotas, conservas de beringela, queijo feta, tomate seco, enfim, é puxar pela imaginação e pela colher de pau. Por agora, deixo algumas fotos e receitas de fazer crescer água na boca.



Mistura pré-feita para bolachas, por exemplo, daqui.



Etiqueta personalizada disponível para imprimir aqui.


Se forem artistas, por que não experimentar uma coisa deste tipo?

Se não forem artistas, shame on you, mas têm aqui uma deliciosa receita de bolachinhas mais ou menos fácil de fazer e digna de nos esquecermos que afinal eram para oferecer...

Ideias de prendas para um Natal menos consumista, mais criativo e personalizado - Parte 1

Como sabem, este Natal decidi só oferecer prendas feitas por mim. Já abri uma ou outra excepção, pois há pessoas cujos interesses não se enquandram no universo DIY ou com quem não tenho uma proximidade suficiente para descortinar o que podem gostar para além daquele livro sobre o Big Bang ou aquele CD com canções de Natal por gente estranha, mas, no geral, estou convencida de que vou conseguir fazer prendas para toda a gente.



Uma das prendas que já devia ter começado a fazer, porque vai correr mal à primeira de certeza, são os sabonetes artesanais, como por exemplo, os da Martha Stewart. Há imensas receitas na Internet e, a partir de uma base, é possível variar os aromas, cores e texturas, juntando, por exemplo, corantes alimentares, ervas secas, flocos de aveia, mel, etc.


Outra das fantásticas sugestões do site da Martha Stewart são bases para copos personalizadas, com mapas, fotos ou simplesmente papel de artesanato. Achei giríssimo e uma ótima prenda para os membros masculinos da família. Usei umas bases de cortiça e uma cola de artesanato própria para estas coisas e achei que estava a correr bem, até a cola ter secado e o papel ter começado a descolar dos lados... Voltei a aplicar mais cola, mas depois ficou com um ar pastoso e impróprio para oferecer. Fiquei ligeiramente irritada...
Adiante.



Uma outra sugestão que achei deliciosa, mas que só descobri tarde demais, é imortalizar receitas de família em aventais, panos da loiça, quadros, papel de parede, livros, postais, enfim, é só ter imaginação e encontrar as plataformas e os materiais certos. (Não valem receitas com caldos Knorr.)


Esta receita de sais de banho pareceu-me simples e prática, mas não conheço quem ainda tome banhos de imersão nem quero contribuir para tamanho desperdício. No entanto, é uma ideia... Dizem que o sal de Epsom se vende na farmácia?! Se alguém souber, agradeço a dica. Pode ser que a costura me corra irremediavelmente mal e tenha de recorrer ao plano F.