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Bolas de Berlim... sem creme

Um blogue que não é de culinária (apesar de ter algumas receitas)

Bolas de Berlim... sem creme

Um blogue que não é de culinária (apesar de ter algumas receitas)

Dos segundos [versão actualizada]



A propósito deste artigo da Up To Lisbon Kids sobre ter um terceiro filho, e eu que (ainda só) vou no segundo, vai  não vai lembro-me de algumas diferenças sobre a forma como as minhas duas foram/são recebidas neste mundo.

Começando pela diferença abismal do número de visitas no hospital e em casa na era do puerpério (salvo os avós e dois casais amigos, a Alice foi praticamente ignorada por toda a gente) e do tipo de prendas que recebemos para ambas (enquanto a primeira recebeu desde roupa a brinquedos, linhas completas de cosméticos e banheiras, a segunda foi corrida a rocas...), a Alice leva com todos os brinquedos e roupas usadas da irmã e é se quer. As roupas ainda as lavei antes de as usar. Mas os brinquedos foram directamente da caixa onde estavam guardados há dois anos para a boca dela. Nem vale a pena dizer que, quando foi da Inês, esterilizava tudo e um par de botas. Pelo menos até perceber que não era preciso cair em exageros.
O tipo de fraldas usado também sofreu uma grande alteração. Na verdade a marca nem importa. O que importa é a promoção. Só sou esquisita com as toalhitas, que compro na farmácia, mas de resto a mais nova é muito pouco dada a frescuras. Tanto que, à força de ter a mais velha para deitar, ler a história e o diabo a sete, a Alice aprendeu a adormecer sozinha bem cedo.

Isto são as coisas óbvias.

Depois há aquelas nuances da segunda maternidade mais relaxada como quando saio à rua sem fraldas nem toalhitas, a miúda bolça e eu limpo com o que está mais à mão: a écharpe. Assim como assim, ando sempre despenteada, com nódoas de bolçado e a cheirar a papas e leite azedo.
Sim, porque há coisas que nunca mudam.

Dos segundos* - do que perdem e do que ganham

* ou dos terceiros e quartos e quintos, credo.

"It is inevitable that I worry once in a while about what she might be missing, being that we're spread in our parenting energies by the needs of five little ones. Unlike her oldest brother, she doesn't have years of time alone with us. She has one day a week, she has bedtimes, she has moments here and moments there. It is quite different. But I am reminded so often, at her little birthday party especially, of what more she has. Not just two parents, but in essence, six people looking out for her. So many people right nearby who will read to her, give her a lift, help her get something out of reach, and give a kiss when she falls down. She runs to each of us for comfort - everywhere she looks, there's love. And for that...well, for that...I'd say she's a blessed little one."

É isso, Soulemama, às vezes irritas-me com os teus cinco filhos e a tua vida perfeita, mas desta vez fizeste-me ver bem aquilo que terei de ter em mente daqui a uns tempos. Mesmo que, no nosso caso, estas seis pessoas sejam só quatro: os pais, a irmã e o gato, claro.