Dos segundos [versão actualizada]
A propósito deste artigo da Up To Lisbon Kids sobre ter um terceiro filho, e eu que (ainda só) vou no segundo, vai não vai lembro-me de algumas diferenças sobre a forma como as minhas duas foram/são recebidas neste mundo.
Começando pela diferença abismal do número de visitas no hospital e em casa na era do puerpério (salvo os avós e dois casais amigos, a Alice foi praticamente ignorada por toda a gente) e do tipo de prendas que recebemos para ambas (enquanto a primeira recebeu desde roupa a brinquedos, linhas completas de cosméticos e banheiras, a segunda foi corrida a rocas...), a Alice leva com todos os brinquedos e roupas usadas da irmã e é se quer. As roupas ainda as lavei antes de as usar. Mas os brinquedos foram directamente da caixa onde estavam guardados há dois anos para a boca dela. Nem vale a pena dizer que, quando foi da Inês, esterilizava tudo e um par de botas. Pelo menos até perceber que não era preciso cair em exageros.
O tipo de fraldas usado também sofreu uma grande alteração. Na verdade a marca nem importa. O que importa é a promoção. Só sou esquisita com as toalhitas, que compro na farmácia, mas de resto a mais nova é muito pouco dada a frescuras. Tanto que, à força de ter a mais velha para deitar, ler a história e o diabo a sete, a Alice aprendeu a adormecer sozinha bem cedo.
Isto são as coisas óbvias.
Depois há aquelas nuances da segunda maternidade mais relaxada como quando saio à rua sem fraldas nem toalhitas, a miúda bolça e eu limpo com o que está mais à mão: a écharpe. Assim como assim, ando sempre despenteada, com nódoas de bolçado e a cheirar a papas e leite azedo.
Sim, porque há coisas que nunca mudam.
Sim, porque há coisas que nunca mudam.