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Bolas de Berlim... sem creme

Um blogue que não é de culinária (apesar de ter algumas receitas)

Bolas de Berlim... sem creme

Um blogue que não é de culinária (apesar de ter algumas receitas)

Trinta e cinco

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Inicialmente tinha planeado fazer uma festa para todos os amigos, um pouco na imitação da festa gigante que dei aos 25, mas não arranjámos a garagem a tempo, tive preguiça de marcar um restaurante e, bom, aos 35 as prioridades são outras...

O tempo foi passando e começou também a passar a vontade de estar com mais de 6 pessoas ao mesmo tempo. A falta de energia e de tempo para organizar uma festa (um jantar que fosse) levaram a sua avante e acabei por planear passar o dia em família. Uma voltinha de barco no Estuário do Sado para ver os golfinhos, um almocinho de choco frito, uma voltinha a Tróia. Mas outros motivos acabaram por fazer com que mudássemos novamente os planos e abraçássemos a simplicidade de um piquenique a 4 no parque da vila, decidido praticamente no próprio dia. Muito pouco romântico, diga-se, com vista para o Lidl de um lado e a via rápida do outro, mas esta terra acha que ser abençoada pelo mar e pela Arrábida - onde não se pode assentar um manta de piquenique por causa das áreas protegidas e o raio - é mais do que suficiente e não tem um único parque de jeito onde nos consigamos sentir numa redoma idílica. Mas quem não se importou nada com a falta de romantismo foram as miúdas que adoraram a ideia de um piquenique (a Alice, a pequena trituradora, sem descansar enquanto não provava um pouco de tudo e a Inês, que está naquela fase da comida, a concentrar todas as suas energias para reservar as Oreo só para si). O sol chegou para nos aquecer ainda mais e, por momentos, esquecemo-nos que não estávamos no Lago de Como.

 

Passei, assim, o dia com as pessoas que preenchem os meus dias. Isto deveria chegar. Mas a verdade é que só agora, aos 35 anos, aprendi que o dia de anos não precisa de ter festa marcada para ser bom, não precisa de ter mesa marcada num restaurante da moda para ser especial, não precisa de ter prendas para que me sinta amada. Simplicidade. Tranquilidade. É tudo. E, este ano, toda a gente que interessa se lembrou de mim. Não podia pedir mais nada.

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